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Fabiano Nichele
Gerência Setorial do Agronegócio
É de grande conhecimento que a base econômica da apicultura é a produção de mel, mas a criação de abelhas também tem como objetivos a polinização agrícola e a produção de pólen, própolis, apitoxina e geleia real, produtos que são utilizados nas indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética, o que demonstra a grande importância da atividade como agronegócio.
O Brasil, devido às suas características de flora e clima, pode ser considerado uma potência melífera, mas ainda assim os apicultores estão sempre buscando melhorar a produção apícola de forma a torná-la mais eficiente. Isso porque ocorrem perdas consideráveis de mel dentro da cadeia produtiva da apicultura, desde a colheita nos favos até a extração para obtenção do produto final.
Na década passada, por exemplo, foram constatados no Estado de Santa Catarina índices de perda de mel de até 35% durante a produção apícola, o que evidenciava a necessidade de melhorias nos processos da apicultura.
Dessa forma, nos últimos anos os apicultores vêm procurando desenvolver meios e técnicas que aumentem a eficiência da produção, tanto no aspecto tecnológico como também de gestão do apiário, investindo em equipamentos e estudos desse setor do agronegócio.
Um exemplo de inovação no método de produção é o desenvolvido pelo apicultor Adriano Adames, no Mato Grosso do Sul. Adames substitui a abelha rainha anualmente e não somente após cinco anos, como faz a maioria dos apicultores. Isso evita a queda de produtividade do processo normal de vida da abelha rainha, que aos poucos reduz o vigor de fecundação. Outra iniciativa foi a de “antecipar a primavera” em 60 dias, alimentando as abelhas com néctar e proteína, o que faz com que elas entendam que a florada iniciou.
Outro exemplo de inovação, desta vez no aspecto tecnológico, vem dos apicultores australianos Stuart e Cedar Anderson, pai e filho, que desenvolveram um novo sistema de extração de mel, o qual chamaram de “Flow Hive”. Ele consiste em armações que contêm favos de plástico e cera que se abrem quando é inserida uma chave pela lateral, fazendo com que o mel escorra por um tubo curto. Nesse sistema, a colmeia tem um painel transparente de plástico, que possibilita ao apicultor avaliar pelo lado de fora a produção do mel. Isso evita todo o procedimento tradicional de extrair partes inteiras da colmeia, abri-las com facas quentes e depois usar uma centrífuga para obter o mel, o que, além de ser muito mais trabalhoso, é também estressante para as abelhas. A dupla criou assim um sistema mais sustentável e menos agressor para esses insetos tão importantes do nosso ecossistema.
Iniciativas como essas, entre muitas outas, trazem resultados significativos no aumento da produtividade das colmeias e no aproveitamento do produto final, o que mostra que o apicultor que busca informações e não tem medo de investir em tecnologia pode se destacar nesse setor tão peculiar do agronegócio.
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