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Empreendedorismo como meio de desenvolvimento local

atualizado em: 30/05/19
Adilson dos Santos

Adilson dos Santos

Administrador de Empresas, Consultor em Desenvolvimento Territorial, Planejamento Estratégico e Consultoria Empresarial

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Desenvolvimento repercute em ampliação dos níveis de emprego, renda e multiplicação de riquezas

Esse texto pretende realçar a importância da melhoria do ambiente de negócios com vistas a estimular o empreendedorismo para o alcance de progressos no desenvolvimento local.

Quando o desenvolvimento é perseguido como um ideal, o local tende a alcançar condições de proporcionar respostas às necessidades e anseios da sua população, suprindo suas necessidades e lhe proporcionando as condições para que nele possa realizar seus projetos.

Quanto mais alternativas estiverem à disposição da população em termos de serviços educacionais, oportunidades de carreira, assistência social e à saúde e possibilidades de empreender, mais desenvolvido esse município tenderá a se mostrar.

O desenvolvimento local repercute ainda em ampliação dos níveis de emprego, renda e multiplicação de riquezas.

 

 

Desenvolvimento local e oportunidades

Recortes de pesquisa conduzida pelo Banco Mundial junto a 125 países entre os anos de 2004 e 2013 dão conta de que quanto maior a taxa de atividade empreendedora, maior o PIB per capta. Quanto maior a taxa de atividade empreendedora, menores são os níveis de desemprego. Quanto maior a taxa de atividade empreendedora, maiores tendem a ser os níveis de exportação. Quanto maior a taxa de atividade empreendedora, maiores tendem a ser as taxas de registros de patentes por mil habitantes.

O recorte evidencia aspectos que tendem a contribuir de maneira marcante com o alcance de níveis de desenvolvimento local sustentáveis, ampliando as oportunidades, alternativas e possibilidades para a população local.

A dinamização dos eixos produtivos por meio da ação empreendedora pavimentará caminhos para localidades avançarem na exploração adequada de suas potencialidades.

É preciso ter a clareza de que o desenvolvimento dificilmente ocorrerá de forma espontânea. No entanto, com mobilização e esforços pensados e devidamente articulados será possível contribuir para a evolução das cidades em diversos âmbitos.

Assim, alcançar o desenvolvimento vai requerer a convocação dos melhores recursos das lideranças locais, de tal modo que possam definir que tipo de espaço querem construir e, feito isso, possam conceber estratégias e planos para transformar suas intenções em realidade. Em locais desenvolvidos será possível perceber a qualidade de atrair e reter talentos. Pessoas preparadas com fortes possibilidades de produzir riquezas e impulsionar o desenvolvimento.

O desenvolvimento local se dará, inevitavelmente, por meio do empreendedorismo, mas preponderantemente através das pessoas.

Empreendedorismo como meio de desenvolvimento local 8

 

Ampliação da atividade empreendedora

A dinâmica empreendedora não pode ser tomada como caminho exclusivo para o desenvolvimento local, mas tenderá a ser a estratégia mais eficaz e sustentável para alcançar os avanços possíveis.

As empresas precisam encontrar no ambiente condições que favoreçam seu nascimento, desenvolvimento e, quem sabe, perpetuação.

A composição desse ecossistema favorável passa por alguns aspectos básicos, quais sejam:

  • Aprimorar o ambiente regulatório: a percepção sobre nosso país é muito ruim no que diz respeito a estudo que mede a facilidade para fazer negócios. Recebeu nota 60,01 numa escala que vai de 1 a 100, situando o país na 109ª posição num conjunto de 190 países apreciados. A pontuação é pouco superior à média dos países da América Latina e Caribe, situada em 58,97 pontos, de acordo com o relatório do Doing Business 2019.
  • Tornar o sistema tributário mais amigável: de acordo com o Doing Business 2019 – estudo do Banco Mundial que traz dados sobre as cidades de São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), que são base de referência para todo o Brasil, uma empresa média brasileira gasta 1.958 horas para declarar e pagar impostos. A média na América Latina e Caribe é de 330 horas por ano. Em Cingapura, que tem o melhor desempenho entre os países pesquisados, são comprometidas 49 horas por ano.
  • Melhorar e otimizar o fluxo de abertura de empresas: de acordo com o relatório Doing Busi­ness 2019 o Brasil está situado na 140ª posição entre 190 economias estudadas em rela­ção ao tempo necessário para abrir uma empresa. Em 2018 foram necessários em média 80,28 dias em São Paulo e 80,16 dias no Rio de Janeiro (quase três meses) para cadastrar um ne­gócio.
  • Otimizar a concessão de alvarás de construção: tanto a velocidade como a simplificação do processo de obtenção do alvará são aspectos fundamentais para o encorajamento aos empreendedores em realizar seus investimentos. O Brasil foi classificado na 175ª posição no estudo. Fez progresso em relação ao estudo anterior, mas ainda são comprometidos 404 dias em São Paulo (SP) para a obtenção do documento. O prazo médio na América Latina e Caribe é de 199 dias.

Aos aspectos até aqui mencionados se somam outros relacionados à mão de obra técnica e qualificada; formação de executivos; capacitação para empreender; pesquisa, desenvolvimento e tecnologia; esforços por inovação; segurança jurídica; acesso a capital; e fomento à cultura empreendedora de tal forma que seja percebida como um caminho natural de carreira para boa parte da população.

O empreendedorismo pode ter muito mais valor para a sociedade do que muita gente pensa.

 

Empreendedorismo como meio de desenvolvimento local 9

 

A fim de descobrir por que alguns países prosperam e outros não, a análise do impacto da iniciativa empreendedora em determinado local precisa ser considerada no corpo do estudo do crescimento e do desenvolvimento desse mesmo espaço geográfico.

Foi principalmente Joseph Schumpeter (1883-1950) quem estendeu fortemente a tese do papel essencial do empreendedor no desenvolvimento econômico. Na verdade, esse economista nascido na Áustria, que mais tarde em sua vida chegou a lecionar na Universidade de Harvard, ganhou fama no início de sua carreira acadêmica com a publicação de Teoria do Desenvolvimento Econômico(1911). Nessa teoria, Schumpeter mostra o papel central que o empreendedor tem como agente de promoção do progresso econômico através da destruição criativa. A “destruição criativa” expressa a ideia de que a economia capitalista moderna é caracterizada por uma luta incessante pela inovação.

O desafio daqueles que protagonizam esforços pelo desenvolvimento local reside, em grande parte, na tarefa de conquistar melhorias para o ambiente de negócios e de políticas públicas que estimulem o empreendedorismo.

 

REFERÊNCIAS

Douglas Cumming, Sofia Johan, Minjie Zhang. The economic of entrepreneurship. Corporate Governance, March 2014, 22 (2)

Doing Business – estudo do Banco Mundial

Schumpeter, Joseph. Teoria do Desenvolvimento Econômico (1911)

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