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Eduardo Cheffe
Publicitário, pós-graduado em Dinâmica dos Grupos pela SBDG
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Olá, neste texto procuro trazer uma reflexão sobre o papel da colaboração nos ambientes corporativos e espero contribuir para o aperfeiçoamento desse processo nas empresas de todos os portes. Percebo muitas oportunidades nos atuais modelos de gestão e na forma como as rotinas acontecem dentro das organizações para potencializar a inteligência de times nutrindo as relações, gerando inovação e estimulando que todos possam contribuir com suas máximas potências.
Certa vez estive em um cliente que desejava muito entender qual motivo impedia suas equipes de serem mais protagonistas e inovarem. Depois de algumas conversas com membros das diversas equipes tive a oportunidade não somente de escutar (de alguns) como também de presenciar a forma como aquela organização operava e principalmente como eram as relações de poder naquele ambiente.
Resumidamente afirmo que a rigidez, as regras e os excessivos mecanismos de controle são um veneno para a organização. Não pode usar tênis, não pode usar calça jeans, não pode falar alto, não pode usar barba, não pode pintar o cabelo, tatuagem nem pensar, não pode “enfeitar” a sua zona de trabalho, não pode chegar atrasado, tem que fazer uma hora de intervalo no almoço, não pode ficar até depois do horário, não pode acessar rede social, não pode comer nem beber na estação de trabalho, tem que fazer relatório diário, tem que fazer ata da reunião, tem que atualizar check list, não pode, tem que…
Onde está o foco (energia)? Onde está a confiança? Sim, existem organizações onde algumas atitudes fazem parte de um importante sistema de segurança e prevenção de acidentes, e isto é totalmente aceitável. A questão que eu trago é quando esses mecanismos extrapolam a necessidade de segurança e se tornam mecanismos de controle e exercício do poder.
O que tudo isso tem a ver com colaboração? Simples: quanto menos autênticos somos, menos colaboramos. Quanto maiores forem a demonstração verdadeira de confiança e o estímulo para que cada um possa ser realmente quem é, maior será a colaboração alicerçada na responsabilidade. Menos regras e mais acordos.
Quanto mais os modelos organizacionais e suas rotinas estiverem a serviço da integridade de suas equipes, maior será a união dos times, e somente dessa forma trarão consigo suas máximas potências, assim abertos para cocriação, acolhimento, escuta, empatia, leveza, fluidez e resultados repletos de inovação e criatividade.
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