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Amanda Paim
Coordenadora Estadual da Economia Criativa e Turismo do SEBRAE RS
Design e criatividade são palavras-chave para a economia criativa. No setor da moda, esse novo formato de indústria representa 2,6% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Carine Freire, coordenadora do curso de Bacharelado em Moda da Unisinos, explica que a tendência aborda a moda como uma expressão cultural, que surge através de projetos que fogem do lugar comum.
A novidade está além do produto: economia criativa se aplica ao funcionamento das empresas, aos novos modelos de negócios e operações e, principalmente, à relação com o consumidor. “A economia criativa é essencialmente uma economia relacionada à arte, design, arquitetura e moda. E moda é diferente de vestuário, diferente de confecção. A moda, enquanto um produto cultural, foi projetada para representar um conceito que o designer projetista queira transmitir para a sociedade. Ou seja: moda é linguagem”, afirma Carine.
Nesse sentido, percebe-se a diferença entre empresas que têm como base a economia criativa e marcas tradicionais do mercado industrial. A percepção e a relação de valor são diferentes, já que o produto e a história da marca passam a contar mais do que a imagem construída a partir do marketing tradicional. “Se eu pensar que o valor de um produto da economia criativa vem da inteligência e do conhecimento da história de um conceito de produto, as pessoas acabam pagando por esse valor, por essa lógica que determinado designer criou”, explica. Ao invés de contratarem modelos para assinar campanhas, o que é comum nas indústrias tradicionais, empresas de economia criativa desenvolvem conceitos diferenciados, como sapatos colecionáveis, por exemplo.
Carine percebe um crescimento das micro e pequenas empresas formadas por designers de moda na indústria criativa do Rio Grande do Sul. “Vemos eventos que reúnem criadores de moda, que trazem uma série de criativos – gaúchos, do Brasil e até mesmo de fora – que estão produzindo de forma diferente, produtos e modelos de negócios opostos ao modelo de negócio tradicional da indústria têxtil de confecção”, relata. Eles trazem tendências sócio-culturais de um mundo globalizado, mas têm como características a autoralidade, uma essência local. “É um produto que as pessoas levam daqui para outros lugares, como representantes de uma característica única e exclusiva de uma determinada região. Ou seja, ele tem uma marca, um sinal diferencial concebido como valor”, explica.
Carine, que também é pesquisadora no Programa de Pós Graduação (PPG) de Design da Unisinos estudando moda e sustentabilidade, acredita que as empresas tradicionais podem se ressignificar e encontrar novos modos de atuação no mercado, com inovação a partir de estratégias de design. “Acho que o design estratégico tem muito a contribuir com essas indústrias onde se perde uma lógica de produção e de redução de custos e se ganha em vendas, em criação”, garante. Nesse novo cenário, o produto, o serviço e a comunicação são pensados de forma integrada, a partir de um conceito criativo.
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