Franquia: uma oportunidade para empreender

Marcia Ferran

Gerência de Soluções

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O empreendedor decidido a abrir um negócio se vê diante de basicamente duas opções: começar do zero e fazer tudo por conta própria; ou comprar uma franquia. A primeira opção se apresenta como a mais difícil e arriscada, pois nela o empreendedor cria um novo negócio e percorre como iniciante todo o processo de desenvolvimento, desde a criação do nome e logotipo até a escolha de fornecedores e definição dos processos de atendimento. Muitas vezes até mesmo a burocracia junto aos órgãos públicos é uma novidade para quem está começando. E, concluído todo o processo de estudo, criação e montagem do novo negócio, ainda não há a garantia de que a receptividade do público-alvo será positiva.

Neste cenário, a segunda opção muitas vezes acaba sendo mais atraente para o empreendedor. O franchising, ou sistema de franquia, se apresenta como uma opção mais segura para quem se propõe a abrir um negócio, embora, claro, ressaltando que mesmo nesse sistema não há garantia de inexistência de riscos, pois estes são inerentes a qualquer tipo de empreendimento. A diminuição desses riscos no franchising se dá porque é um sistema em que o franqueado abre uma “cópia” de um negócio já existente, criado por um terceiro, o franqueador. Em tese, a franquia é a clonagem de um negócio que já obteve sucesso comercial e que foi colocado à disposição para ser replicado, de forma a se criar uma rede de estabelecimentos padronizados com a mesma marca, mas juridicamente independentes entre si.

O sucesso do novo negócio pode vir de ambas as formas, tanto de maneira independente como no sistema de franquia. Cabe ao empreendedor levar em consideração as vantagens e desvantagens de cada uma das opções na hora de fazer sua escolha. O resultado positivo de um negócio inovador é mais incerto, já que ele ainda não foi testado, e o tempo e esforço para alcançá-lo também tende a ser maior, pois o empreendedor estará sujeito a errar mais no caminho até encontrar a forma ideal. Segundo pesquisa da Rizzo Franchise, Dun & Bradstreet e Ifa, o percentual de mortalidade dos pequenos negócios ao final do primeiro ano é de 23%. Por outro lado, caso atinja o sucesso, o empresário desfrutará de todos os louros e terá total autonomia e liberdade na sua gestão.

Já ao optar por adquirir uma franquia, o empreendedor abrirá um negócio que segue um modelo que comprovadamente já deu certo, já possui marca conhecida no mercado e já tem todo um roteiro montado, e ainda será guiado e auxiliado durante todo o processo. O esforço se concentrará apenas em seguir regras e diretrizes já estabelecidas. Perde-se no quesito flexibilidade, mas ganha-se no quesito garantia, o que é comprovado pela mesma pesquisa citada anteriormente, que aponta que o percentual de mortalidade no segmento de franquias é de apenas 3%.

Mas a cautela sempre deve existir, até mesmo na aquisição de uma franquia bem sucedida. Para evitar problemas, é necessária uma prévia e profunda análise da marca franqueada, para garantir que o plano de negócio seja transparente e efetivo e para que seja escolhida uma que se encaixe no perfil do gestor, pois, como em toda parceria, o sucesso dependerá de muita dedicação de todos os envolvidos.

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