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Redes de Cooperação

Dados estratégicos

Redes, sua representatividade no RS e seus gargalos

atualizado em: 02/04/18
Túlio Josué Pinheiro dos Santos

Túlio Josué Pinheiro dos Santos

Coordenador Estadual de Franquias e Redes Cooperação do SEBRAE RS

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Entender os números das redes de cooperação no RS e seus principais gargalos é essencial para propor estratégias de extensão e ajustar os processos internos
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Muito já se ouviu falar sobre o que são as redes de cooperação, suas vantagens e desvantagens, as percepções de valor dos empresários envolvidos nesse modelo organizacional, etc. Mas é igualmente importante entender a representatividade das redes de cooperação no Rio Grande do Sul e seus elos fortes para o Estado e seu desenvolvimento. Vale lembrar que as redes de cooperação não possuem uma classificação específica que categorize essas empresas. Assim, fica mais complexo ainda de mapear onde estão, quais seus segmentos e quantas empresas compõem cada rede. Elas não possuem unidade jurídica pré-determinada ou CNAE. Porém, esses são assunto para um próximo capítulo. É crucial destacar que algumas pautas já foram e estão sendo levadas para debate e validação das redes de cooperação no Brasil. Mas, vamos ao que interessa.

O último estudo para mapeamento das redes de cooperação no Brasil foi feito em 2014, e no RS o número de redes registrado foi de 162. Acredita-se que essa quantidade tenha evoluído. Mesmo com esse número pequeno de redes, elas aglomeram mais de 17 mil empresas no Estado. O RS lidera o número de redes em todo o País. Se comparado com São Paulo, temos 45% a mais de redes. Outro ponto importante é que sua divisão em setores se concentra em comércio e serviços (72%), seguidos de indústria (21%) e agronegócio (7%). Além disso, esses grandes setores se dividem ainda mais nas grandes cadeias produtivas.

Percebe-se que as cadeias com maior volume de redes de cooperação são as de turismo e alimentos e bebidas, bem representadas por hotéis, vinícolas e supermercados. Vale destacar ainda que o item multissegmento compreende setores como academias, mecânicas automotivas, materiais de construção, escolas, redes de informáticas, etc., que se agrupam em redes para aumentar sua competitividade no mercado.

As redes estão mais presentes nas regiões metropolitana do Estado, Sinos, Caí e Paranhana, Serra Gaúcha e na região Noroeste. Concentradas nos principais municípios de Porto Alegre, Novo Hamburgo, Santa Maria, Caxias do Sul e Ijuí.

Com alguns desses números, é possível entender um pouco sobre as redes de cooperação no Estado e onde estão localizadas. Mas existem outros dados que demonstram que melhorias ainda podem ser feitas e que definem o perfil do empresário gaúcho quando o assunto é cooperação. Em uma pesquisa com alguns empresários do ramo, foi possível identificar que:

  • 76,5% das empresas conhecem as estratégias para expansão da rede;
  • 17,6% alegam não saber opinar; e 5,9% dos respondentes discordaram desta afirmativa. Estas porcentagens sinalizam que o tema deve ser melhor trabalhado dentro das redes;
  • A maioria das redes, 84,6%, fala que as decisões nas redes de cooperação são consensuais. Entretanto, os conflitos na tomada de decisões foram evidenciados por 11,5% dos empresários, demonstrando um pequeno problema de liderança e gerenciamento de conflitos;
  • 57,7% concordam que a rede possui um processo estruturado para a escolha de seus líderes, e 15,4% concordam plenamente, ou seja, o processo é efetivamente aceito e estruturado. Contudo, 26,9% alegam não saber da existência ou não possuem uma sistematização clara para a escolha dos líderes. Tais números indicam um tema que merece maior atenção haja vista sua importância na condição das atividades da rede;
  • 37,2% concordaram que há um foco no individual em detrimento do coletivo, contra 15,7% que não possuem opinião e 46,1% que discordam. O que retrata que alguns associados acreditam não estar sendo beneficiados e percebendo que alguns líderes escolhidos possam estar se autobeneficiando.

Com esses dados, é possível perceber que existem questões e gargalos específicos para fortalecimento das redes de cooperação no Estado. Apesar de ser um modelo promissor e que traz grandes vantagens para as MPEs, é necessário um olhar voltado à liderança, à expansão de negócios e à união de redes de cooperação para aumento da competitividade e melhoria no relacionamento entre empresas. Tendo em vista que esses dados e informações não restringem os estudos para compreender ainda mais este tema, se fazem necessárias ações para identificar os fatores que levam os empresários a agirem de forma individualista e não cooperada, acarretando uma redução do nível de confiança, desintegração e uma possível saída da rede de cooperação. Além de ampliar mais o foco para solucionar pontos restritivos e fortalecer as vantagens desta atuação. O Sebrae RS já trabalha com algumas soluções para melhorar o relacionamento e que podem ser utilizadas nesses grupos.

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