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Tendências em redes de cooperação

atualizado em: 05/03/18
Túlio Josué Pinheiro dos Santos

Túlio Josué Pinheiro dos Santos

Coordenador Estadual de Franquias e Redes Cooperação do SEBRAE RS

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Temos características similares a uma atuação horizontal: empresas de um mesmo setor que permanecem legalmente independentes e cooperam em aspectos predefinidos

As redes de cooperação não são modelos presentes apenas no Brasil. Esse tipo de organização empresarial já vem sendo utilizado em diversos países. Itália, Alemanha, Japão, Chile e Argentina são alguns desses países que possuem modelos de redes de cooperação. Entretanto, existem particularidades e diferenças entre esses modelos, pois são países diferentes, com culturas e leis diferentes. Mas existe um país com um modelo muito parecido ao brasileiro, que é a Alemanha. Ou seja, temos características similares a uma atuação horizontal: empresas de um mesmo setor que permanecem legalmente independentes e cooperam em aspectos predefinidos.

Quando falamos em tendências para redes de cooperação, não se trata de atualizações tecnológicas, melhorias de produtos e serviços para atender e suprir as necessidades dos clientes e melhoria no relacionamento com fornecedores da cadeia produtiva, mas um direcionamento para novos formatos de abordagem para redes de cooperação.

As principais tendências desse modelo que foram observadas na Alemanha seguem:

  • Modelo loja própria: Normalmente as redes de cooperação são formadas por associados/cooperados. Todos associados/cooperados que compõem a rede possuem, no mínimo, uma loja/empresa. Porém, como tendência estão surgindo os modelos loja própria, onde a rede (associação/cooperativa) é dona da loja, que pode servir para sustentar a rede – pois as redes de cooperação hoje são sustentadas pelos associados – e, através de processos de barganha com fornecedores, testar novos produtos e serviços para continuar inovando; e fazer com que a rede de cooperação de torne mais atrativa para novos associados. Caso seja interesse da rede, a mesma poderá arrendar ou vender a loja posteriormente para um futuro associado ou para algum associado da rede.

  • Franquias em redes de cooperação: sua principal vantagem está na possibilidade de acrescentar novos conceitos de negócio à rede, sem gerar concorrência direta com os associados. Por exemplo: uma rede do setor de materiais de construção pode criar um sistema de franquias para lojas de materiais elétricos e instalações, que atuará em um nicho do segmento original, o que contribui para a geração de ganhos de escala e oferta de serviços especializados, por exemplo. Além disso, esse formato pode reduzir algumas das principais desvantagens como tempo para tomada de decisões, interesses individuais acimas dos da rede e outros como detalhado na contextualização do tema. Ademais, serve como facilitador para que a rede aumente os ganhos escala e gere receita para sua sustentação.
  • Modelo membro comprador: trata-se de um modelo onde a rede faz parceria com outras empresas que se interessam por obter ganhos em escala. Onde a empresa participa da rede utilizando somente os benefícios da compra conjunta, mas não adota a marca padrão do grupo. No futuro esse membro (ou cliente) pode vir a ser um associado da rede, desde que aceite adotar toda a padronização visual e gerencial estabelecida pelo grupo. Esse tipo de ação também ocorre com empresas que não estão em uma rede de cooperação (empresas individuais). Pode-se considerar um primeiro contato de confiança entre empresas onde elas se unem para obter ganhos em escala, mas ainda trabalham de forma individual. Para o setor indústria esse modelo pode ser uma das saídas para as torna-las mais competitivas no mercado interno e externo.
  • Rede das redes: na Alemanha a união vem se tornando cada vez mais forte. Unir-se com outras redes pode trazer mais ganhos do que a rede já obteve. Para demonstração na Alemanha existem 320 redes de cooperação, no Brasil estima-se que esse número seja de 800 a mil nos dias de hoje. Ou seja, trata-se de uma grande redução do número de redes, seja por união ou fusão de redes. Esse modelo já vem acontecendo no Brasil e existe um grande caso no Rio Grande do Sul. Um marco importante para o estado e para a história de redes de cooperação no estado foi a integração da Redlar, Casabem e Toklar, que se uniram para obter maior ganho em escala e já vislumbram outras alternativas. Apesar de fazer sentido na Alemanha, os casos devem ser analisados, pois existem diversos setores que podem se beneficiar da atuação cooperada. Além disso, devem ser levados em conta estrutura de expansão da rede, quais mercados e perfil de associado, dentre outros.

Em complemento às tendências, existem ações que podem auxiliar as redes de cooperação no seu crescimento, como, por exemplo, atuação no mercado internacional, quando a rede já atingiu uma expansão significativa no mercado interno. Modelo que pode ser implementado pela conquista de associados em outros países, cooperação com redes de empresas de outros países, abertura de filiais da rede no exterior ou por meio de uma organização supranacional, e uma atuação vertical com o objetivo de integrar outros elos da cadeia de valor e com isso melhorar sua posição competitiva. Redes de empresas podem, por exemplo, optar por estabelecer empresas que desempenhem funções industriais e sejam fornecedoras de produtos específicos a seus associados, substituindo fornecedores parceiros e absorvendo a margem desses em favor da própria rede.

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