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Agronegócios

Tecnologia de ambiente protegido e irrigação turbinam produção de hortaliças

atualizado em: 10/01/17
Andre Bordignon

Andre Bordignon

Gerência Setorial do Agronegócio

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A variação de culturas e cultivares é uma forma eficaz de escalonar a produção e de otimizar a mão de obra

Seca, excesso de chuva, geada, ventania, granizo. São muitos os fenômenos que podem prejudicar as lavouras, especialmente as mais sensíveis. Plantações de folhosas, frutos, bulbos, tubérculos e raízes podem ter a qualidade afetada ou até mesmo perda total quando submetidas a intempéries.

E se fosse possível ter algum controle sobre tudo isso sem ficar tão dependente do clima? É o que o cultivo com estufas permite. Embora demande mais conhecimento técnico, a fim de se manejar variáveis como temperatura, umidade ou radiação solar, a utilização de ambientes protegidos costuma melhorar os resultados do negócio. Uma das vantagens é permitir a produção de alguns alimentos fora de época, reduzindo a sazonalidade e permitindo comercialização em períodos de alta nos preços. “O cultivo em ambiente protegido está se consolidando como alternativa para reduzir os riscos causados pelo clima e por recompensar pelos valores de comercialização”, destaca Andre Luis Bordignon, da Gerência Setorial do Agronegócio do SEBRAE RS.

Entre as principais vantagens da técnica estão os ganhos em qualidade, uma vez que as hortaliças produzidas em estufas costumam sofrer menos com intempéries e com excesso de umidade, um dos fatores associados à incidência de doenças. Outras vantagens são o aumento da produtividade, maior número de cultivos por área, menor demanda por mão de obra, redução no uso de agrotóxicos, economia de água e fertilizantes e maior período de produção – destaca Tatiana da Silva Duarte, professora do Departamento de Horticultura e Silvicultura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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A tecnologia ainda propicia a redução de gastos com controle de pragas e doenças e reduz o consumo de água. Quando a escolha se dá pela irrigação, é possível ter um controle preciso da umidade do solo por meio do uso de sensores e por gotejamento, garantindo o maior rendimento da produção. No entanto, somente proteger as plantas dos efeitos do clima não é garantia de sucesso do sistema. Para alcançar as vantagens de alta produção e melhor qualidade, Bordignon alerta para a necessidade de conhecer as necessidades fisiológicas das espécies e variedades trabalhadas e as técnicas de cultivo.

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