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Aline Colovini
Gerência da Regional Noroeste - Santo Ângelo
Pouco tempo atrás, quando falava-se em inovação, parecia algo de um futuro longínquo, inalcançável, coisa de grandes centros, de institutos de pesquisa. Parecia difícil visualizar inovação em nosso cotidiano, principalmente para quem nasceu e vive no interior, economias totalmente dependentes do setor agrícola.
O que aconteceu então, que tudo se transformou tão rápido? Como foi que a modificação genética de grãos chegou para ficar? Como foi que os equipamentos utilizados na agricultura se transformaram em uma das maiores e mais modernas indústrias do mundo? Como a internet tem sido uma realidade para milhares de famílias no interior, permitindo até mesmo comercializar através das redes sociais?
Acredita-se que para a agricultura a inovação deve ser mais do que nunca pensada como uma realidade diária, em pequenas coisas, encontrando possibilidades de melhoria em equipamentos, garantindo a segurança alimentar, resolvendo problemas logísticos, aumentando a rentabilidade.
Um bom exemplo disso é o aumento significativo da produtividade nas lavouras após o surgimento da plantadeira com sistema de plantio direto, que atendeu diretamente a uma demanda dos produtores, reduzindo custos de produção e totalmente alinhado às necessidades do ecossistema, pois esta tecnologia, que veio para ficar, auxilia na conservação do solo mantendo suas características ambientais.
E para que isso aconteça é imprescindível estimular cada vez mais o elo que une o agricultor com a indústria metalmecânica, que vem acompanhando a agricultura lado a lado, e está disposta a desenvolver soluções baseadas em reais necessidades do mercado.
A interação destes elos estimula a sustentabilidade de todo um sistema econômico, pois, uma vez que a indústria tenha condições de atender à necessidade ou demanda do agricultor, quem sai ganhando é toda a cadeia produtiva. Imagine que em um lado temos um mundo de possibilidades que só tende a crescer, pois a expansão da cultura agrícola é inevitável; e de outro temos uma indústria metalmecânica crescente, com muito conhecimento de produto, oriunda de polos reconhecidos pela vocação de grãos, visando novos mercados, buscando cada vez mais se integrar ao consumidor final. Podemos ir além.
Falando especificamente da cultura de grãos, estamos na região do país que produziu em 2017 a quantidade expressiva de 32 milhões de toneladas, porém, a vertente de commodities, que permeia por décadas a nossa cultura, limita o produtor quando o assunto é inovação de produto (agregação de valor). Por este motivo, a inovação para o pequeno ou médio produtor de grão deve ser pensada como facilitadora de processos, ou redutora de custos, e fazer esta aproximação que objetiva identificar gargalos e oportunidades especificas para este setor. Contribuir com este tema é um dos objetivos do Sebrae RS em 2018 através do projeto Inteligência de Mercado para os setores pré e pós colheita de grãos, que iniciará em janeiro com o objetivo de identificar oportunidades de desenvolvimento de produtos que atendam às demandas do agronegócio no Brasil.
A união de esforços do Sebrae com entidades relacionadas ao agronegócio garantirão o resultado deste projeto e o subsídio de informações relevantes a esta cadeia.
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