Marketplace ou e-commerce próprio. Qual a melhor alternativa?

Fabiano Bassani Zortéa

Coordenador estadual da Moda do SEBRAE RS.

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Com a expansão das ofertas via comércio eletrônico, o segmento de moda e acessórios liderou o volume de produtos pedidos nas plataformas virtuais em 2017, aumentando a sua participação nas vendas com 14,2% dos pedidos. Os dados são da Ebit, empresa referência em informações sobre o comércio eletrônico brasileiro. A instituição prevê ainda um crescimento nominal acelerado das vendas online, de 12%, com faturamento de R$ 53,5 bilhões em 2018. Com perspectivas promissoras de crescimento na modalidade de vendas eletrônicas, quem empreende no setor de moda e acessórios deve encontrar no mercado virtual uma maneira criativa de impulsionar o próprio negócio.

Com o mercado em expansão, o empreendedor que optar pelas ferramentas online tem à disposição um leque variado de estratégias que ajudam a aumentar as vendas. Apesar da abrangência proporcionada pelo mercado online, é bom ficar atento no momento de escolher o instrumento virtual mais eficaz para obter sucesso na venda do seu produto. Existem duas plataformas para quem quer anunciar produtos no comércio digital: e-commerce ou marketplace. É importante entender quais as funcionalidades de ambas para depois tomar a decisão sobre em qual das ferramentas investir para disponibilizar seus produtos online.

E-commerce

É uma loja online própria, que vende exclusivamente seus produtos, marcas ou serviços. O empresário deve contratar uma plataforma que ofereça estrutura para montar sua loja virtual. É necessário investir em um domínio e na contratação de um profissional que desenvolva um site seguro. E, claro, uma estratégia de marketing bem elaborada é essencial para se diferenciar dos concorrentes. A plataforma deve incluir um sistema de segurança que impeça que os dados de seus clientes sejam vazados.

Marketplace

É uma plataforma onde diferentes lojas oferecem seus produtos ou serviços. Nesse caso existe uma empresa que se ocupa da infraestrutura do portal. As despesas relacionadas a marketing e divulgação já estão inclusas no serviço. A ferramenta dispõe de segurança e diversas formas de pagamento. O pagamento de uma comissão pelas vendas efetuadas na plataforma é obrigatório.

Para a diretora da Feed Conteúdo e Marketing, Fabiane Madeira, as duas plataformas apresentam vantagens e desvantagens. No caso do e-commerce, Fabiane acredita que a possibilidade de trabalhar somente os produtos da própria loja é mais eficaz para quem tem como objetivo consolidar a marca no mercado.

Em relação ao marketplace, ela aponta a credibilidade da plataforma como um diferencial para o empreendedor. O marketplace tem como vantagem o fato de que vários investimentos estão maximizados e, em geral, todos os vendedores têm visibilidade e todos conseguem vender mais. Outra vantagem, especialmente para marcas de menor porte, é que o consumidor tem maior confiança nos marketplaces. Isso ajuda na reputação e também na efetivação da compra online. Mas há algumas desvantagens. A principal delas é que não se trabalha profundamente a marca, apenas o produto.

O Ebit mostrou que a modalidade de vendas através de marketplace está em pleno crescimento. De acordo com a entidade, impulsionado pela expansão do Mercado Livre, o faturamento proveniente das vendas neste canal, incluindo produtos novos e usados, atingiu R$ 73,4 bilhões em 2017, alta de 21,9%.

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