A força da diversidade nas organizações

Silvia Zuffo

Mestre em Diversidade Cultural e Inclusão Social | Feevale.

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Nos últimos anos, o tema diversidade tem se tornado frequente em muitas empresas, deixando de ser assunto meramente social para se tornar assunto econômico. Empresas como McKinsey & Company, KPMG, Coca-Cola e Santander, dentre outras, possuem políticas de diversidade que são refletidas nas práticas de gestão empresarial e trazem melhores resultados financeiros, além de reconhecimento social.

Pesquisa da consultoria McKinsey & Company (2015) revela que empresas que entendem a importância da diversidade e aplicam seus princípios em sua própria realidade tornam-se mais inovadoras e criativas e melhoram seus resultados financeiros.

Porém, a correlação entre maior diversidade e maior ganho financeiro das empresas não acontece de forma imediata. O fenômeno que ocorre é que empresas mais diversificadas tendem a conquistar profissionais mais talentosos, aumentar sua orientação para o cliente, ter funcionários mais satisfeitos e, por consequência, retorno financeiro (HUNTO; LAYTON, 2015).

Inovação e diversidade

Outra variável que se destaca ao falar de diversidade é a inovação. Para a KPMG (2018), uma das maiores empresas de serviços do planeta, a acelerada transformação do mundo impõe às empresas uma jornada constante de inovação. Neste sentido, a sustentabilidade das empresas dependerá dos resultados que elas causarão na sociedade e no meio ambiente. As práticas de diversidade e de inclusão são fatores relevantes para uma empresa ser inovadora e sustentável.

Inicialmente, a diversidade pode ser entendida como o reconhecimento do diferente, do diverso, do outro que não se assemelha a si próprio. Essa diversidade ocorre dentro de uma cultura que pode ser definida como a totalidade das manifestações e formas de vida que caracterizam um povo (SODRÉ,2012).

Para o referido autor, é lógico que os indivíduos são diferentes. O problema está em aceitar o diverso no espaço de convivência e dar-se conta da percepção de valor que o outro traz como ser humano, neste caso, para dentro da organização. Mas de quais grupos de diversidade se estão falando? São muitos. Por exemplo, diversidade de gênero, geracional, de raça, étnica, de orientação sexual, cultural.

Para isso, o reconhecimento e a valorização da diversidade requerem que os indivíduos abdiquem de preconceitos individuais e corporativos, deixando de lado valores pessoas para assumir valores universais.

Neste sentido, o que os pequenos negócios podem fazer?

• Podem assumir que esse assunto também é seu, não apenas das grandes empresas.
• Podem conhecer melhor o tema diversidade e o quanto pode ser vantajoso para seu negócio.
• Podem conhecer o quanto este tema está presente no seu quadro de colaboradores e quem são seus clientes, a fim de utilizar a diversidade como estratégia para conversar melhor com seus clientes, ou potenciais clientes.
• Podem potencializar seu posicionamento no mercado.

Por fim, segundo o Guia de Diversidade da revista Exame (2019), o trabalho sobre diversidade no Brasil ainda é incipiente e há muito que avançar. Nos Estados Unidos, por exemplo, o tema é tratado há décadas nas empresas. Alguns pilares de diversidade, como gênero e deficiência física, já têm discussão mais avançada no Brasil, mas ainda estão distantes do que seria adequado. Outros pilares como raça, LGBT+ e juventudes ainda são inexpressivos no âmbito nacional.

Saiba mais

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Referências:

HUNT , Vivian; LAYTON, Dennis; PRINCE, Sara. A importância da Diversidade janeiro. McKinsey & Company, [S. l.], p. 1, 2015. Disponível em: https://www.mckinsey.com/br/our-insights/why-diversity-matters  Acesso em: 15 jul. 2019.

FILLIPE, Marina. Diversos e melhores. Revista Exame, [S. l.], p. 1, 03 mai. 2019.

SODRÉ, Muniz. Reinventando a Educação: Diversidade, descolonização e redes. [S. l.]: UNIVESP, 2012. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XzlIX98vuKw. Acesso em: 16 jul. 2019.

 

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