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Amanda Paim
Coordenadora Estadual da Economia Criativa e Turismo do SEBRAE RS
Em constante expansão, a Economia Criativa já representa uma das principais áreas de trabalho do mundo. O setor reúne aqueles negócios que têm como base de trabalho o conhecimento, a criatividade e o capital intelectual. Ele vai das artes visuais (envolvendo circo, dança, música, artes gráficas, mídia), até setores como gastronomia, turismo e desenvolvimento de software. Mais do que um segmento de produção, o termo simboliza uma mudança nas formas de trabalho e consumo na sociedade.
Se você quer se tornar um empreendedor em uma área da Economia Criativa, o primeiro passo pode ser descobrir qual é o seu propósito. O autoconhecimento é fundamental, pois você precisa ter paixão e vontade de trabalhar na sua empresa durante muitas horas. Isso pode ser mais importante do que definir exatamente o produto ou serviço que vai oferecer. Se souber qual é o seu propósito, é provável que mantenha-se motivado e focado mesmo nas horas difíceis. É claro, esse é apenas o primeiro passo da jornada.
Muitas pessoas que querem ingressar no setor da Economia Criativa pensam em gerar receitas com o resultado da sua habilidade artística ou criativa, mas isso não é suficiente. Para empreender, é fundamental que exista demanda pelo produto ou serviço que você planeja oferecer. Ou seja, depois de refletir sobre o seu propósito, você terá que descobrir como gerar valor com o seu trabalho. Como descobrir? Testando! Para isso, desenvolva uma versão simplificada (e barata!) do que pretende oferecer e prepare-se para receber feedbacks.
Na hora de desenvolver o protótipo (essa versão simplificada do seu produto ou serviço final), uma dica importante é colocar-se no lugar do potencial cliente. Pense em como criar algo que realmente resolva um problema, facilite um processo ou gere algum benefício para ele. Afinal, se você espera que ele pague, você precisa produzir algo que ele realmente precise ou queira. Trata-se de um exercício de empatia: seja capaz de entender o que incomoda e o que mobiliza o seu potencial cliente. Para isso, vale adotar uma ferramenta muito usada por designers conhecida como Mapa de Empatia, um guia que ajuda a ver o mundo pelos olhos de outra pessoa.
Você não precisa percorrer essa jornada sozinho. Muito pelo contrário: é recomendável que ative sua rede de colaboração. Na Economia Criativa, é comum que pessoas ou empresas de diferentes áreas unam-se em projetos colaborativos. Além disso, empreendedores mais experientes podem compartilhar experiências e dicas. Participe de eventos, de grupos em redes sociais e não tenha receio de convidar outros profissionais da área para um bate-papo ou um café. Essas trocas tornam a experiência de trabalho mais humana e podem gerar muitas oportunidades.
Para descobrir como formalizar seu negócio na área de Economia Criativa ou desenvolver melhor suas competências de empreendedor, como gestão financeira e gestão de pessoas, você também pode contar com os conteúdos, consultorias e cursos do SEBRAE RS.
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