Um negócio construído com pontos de crochê e de gestão

SEBRAE RS

Redação

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A arte de construir peças de roupas e acessórios a partir do crochê, do bordado e de outros trabalhos manuais está na base do atelier da caxiense Carolina Potrich. Há quatro anos, a designer de moda resolveu resgatar o artesanal em suas criações e encontrou no Sebrae RS o suporte de que necessitava para construir um empreendimento sólido e duradouro, como as tramas de suas peças.

A inspiração vem de berço. A mãe de Carolina, que atualmente é professora de matemática aposentada, é crocheteira e fazia as roupas da empresária e da família. “Antes de me formar em Design de Moda pela Universidade de Caxias do Sul, pedi para minha mãe fazer uma roupa para mim e surgiram as primeiras encomendas”, lembra.

Há quatro anos, ela criou o atelier. “Mas só depois que participei das atividades como o Sebrae RS, entendi o que era empreender”, reconhece. Em 2015, passou a fazer parte do Projeto Indústria da Moda e continuou participando de wokshops, capacitações e consultorias da entidade até hoje.

A gestora do projeto Indústria da Moda no Sebrae RS, Fabiana Zin, destaca o empenho e o exemplo de Carolina. “Ela já tinha potencial criativo, sabia onde queria chegar, mas não sabia como e ajudamos nessa trajetória”, relata. E assim foi. “O Sebrae RS entrou na minha vida e continua, dá as ferramentas e a possibilidade do meu empreendimento crescer”, destaca Carolina.

O coordenador estadual de projetos de Moda do Sebrae RS, Fabiano Zortéa, faz coro ao reconhecimento à empresária. “A Carolina participou de atividades de gestão em planejamento estratégico, fez todas as consultorias financeiras, como fluxo de caixa, formação de preço, indicadores de desempenho, consultorias em mercado, participa ativamente das ações que são promovidas e ainda vai a missões para fazer contatos importantes. É uma empreendedora inquieta, curiosa e que busca sempre melhorar”, elogia.

Atualmente, ela é uma das protagonistas do projeto de indústria da moda do Sebrae RS. “Estamos trabalhando para construir parcerias estratégicas entre os próprios participantes e com fornecedores e outros negócios. E a Carolina é um exemplo que acaba inspirando os demais, por colocar as propostas em prática e fazê-las dar certo”, reconhece a gestora Fabiana.

Hoje, o atelier trabalha com um grupo de artesãs da região. São 15 crocheteiras, três bordadeiras, duas costureiras, que fazem as atividades em suas próprias casas. Há ainda uma profissional, que une o designer de moda e a arte do crochê e apoia o andamento do negócio. No local, é possível encontrar roupas e acessórios para pronta-entrega, mas boa parte das vendas está nas peças sob encomenda via Instagram e Whatsapp. “Tenho clientes na região da Serra Gaúcha, em Porto Alegre, e até já fizemos um vestido de noiva de crochê para uma pessoa de Brasília”, conta.

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