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Ana Paula Rezende
Coordenadora Estadual da Saúde do SEBRAE RS
Funcionalidade é uma exigência básica do setor moveleiro, mas não é mais suficiente. Para aumentar a competitividade da sua marca ou loja, apostar no design é uma boa estratégia. E design não diz respeito apenas à estética e função dos objetos. É um investimento que pode gerar resultados aumentando o alinhamento dos produtos às necessidades do público-alvo, contribuindo para a diferenciação da sua marca em relação à concorrência. Paulo Bruscato, gerente regional do SEBRAE RS, salienta que o design não é uma ferramenta opcional para quem quer se destacar no setor moveleiro: “Não é apenas uma tendência. Ele é a principal ferramenta estratégica, tática e operacional para um empreendedor”.
Ter um design próprio (que não seja parecido demais com os concorrentes) faz com que os clientes percebam a identidade da empresa nos produtos e saibam o que esperar dela nas próximas compras em relação à estética e à qualidade dos materiais. Esse ponto se torna relevante principalmente caso se pretenda trabalhar com exportação para mercados exigentes, como os de móveis premium da Europa e América do Norte.
O primeiro passo para desenvolver um design criativo e inovador é realizar pesquisas de demanda, concentrando as estratégias de marketing da empresa em entender quais os tipos de produtos que os clientes almejam e descobrir as técnicas e materiais que precisam ser utilizados. Essas informações são obtidas levando em consideração os hábitos rotineiros e as influências culturais que estão em voga nos diferentes grupos da sociedade. Muitos consumidores buscam, por exemplo, produtos que reflitam sua personalidade, interesses ou estilo de vida, e ainda têm o desafio de agregar funcionalidade a ambientes, muitas vezes, pequenos.
A produção modular e sob medida é uma das formas de lidar com essa demanda. O proprietário da Design Imóveis, que produz móveis sob medida, Luciano Corassini, ressalta a importância de alinhar a utilidade com o sentimento de diferenciação nesse caso. “Temos que fazer com que os projetos estejam de acordo com a vida de cada cliente, que se tornem úteis. Podemos seguir uma ideia parecida, mas nunca utilizar o mesmo desenho”, diz.
Para executar um bom planejamento e execução do desenho, trabalhe em colaboração com profissionais da arquitetura e artes gráficas. Empresas pequenas muitas vezes têm dificuldades ou até resistência em integrar esses profissionais nos seus quadros, com medo de aumentar os custos da produção. Entretanto, por mais que existam opções como comprar um projeto já pronto e testado no exterior ou desenvolver um projeto de forma independente mesclando diversas soluções do mercado, só o olhar de um artista que esteja prestando atenção nas tendências é capaz de gerar verdadeiras inovações, fazendo uma análise equilibrada de como elas podem se comportar localmente.
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