Azeite de oliva gaúcho: educando consumidores

Pedro Brites Pascotini

Coordenador Estadual de Olivicultura e Grãos e sistemas integrados do SEBRAE RS

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O Rio Grande do Sul tem o maior potencial para o cultivo de oliveira no País, nos últimos anos o crescimento médio foi de cerca de 400 hectares, no último levantamento realizado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação no ano de 2017 o Estado chegou a 3.464,6 hectares cadastrados, distribuídos por 56 municípios e com 145 produtores. Esse crescimento acelerado do setor mostra os bons resultados alcançados, estamos produzindo um azeite de oliva extra virgem de muita qualidade, com diversas marcas com premiações internacionais.

Embora com essa evolução do setor, a cultura das oliveiras é recente no Estado e no Brasil: os azeites aqui produzidos representam menos de 2% do consumo nacional. Mas já com olhar no futuro é importante pensar na educação de consumidores sobre o produto nacional.

Para isso, em comparação com o que ocorreu e ocorre com o vinho, precisamos ter um olhar de toda a cadeia e dar uma atenção especial ao consumidor final, criando eventos, palestras e oficinas que discutam o que é um azeite extra virgem de qualidade, quais são suas características químicas sensoriais e sua utilização na gastronomia. Mais um fator importante dessa capacitação é o esclarecimento sobre o azeite de oliva e suas classificações, somado à constante comparação com azeites importados, que muitas vezes chegam à mesa do consumidor brasileiro com baixa qualidade.

Azeite de oliva em oficinas

Tendo em vista esse cenário, o Senac-RS busca, junto ao Sebrae RS e o Ibraoliva (Instituto Brasileiro da Olivicultura), criar e desenvolver oficinas e palestras sobre o azeite de oliva. Recentemente, no mês de junho, na Faculdade Senac Porto Alegre, o parceiro José Paulo da Rosa, diretor regional do Senac-RS, pontuou que as ações realizadas em parceria com o Sebrae RS terão como objetivo divulgar a qualidade do azeite de oliva gaúcho, bem como capacitar os profissionais da área de gastronomia e público em geral a identificar as principais características sensoriais dos azeites produzidos no Rio Grande do Sul.

A proposta foi muito bem vista e aceita pelos membros do Ibraoliva, pois entendem que é de suma importância essa capacitação. Conforme o presidente do instituto, Eudes Marchetti, “a iniciativa é vista como excelente, visto que busca promover o desenvolvimento e o fortalecimento da olivicultura no Estado e no País”.

Com o entendimento mútuo das instituições envolvidas, o próximo passo será estruturar as ações, desenvolver um cronograma de atividades e assinar o termo de parceria. E assim podemos ir, pouco a pouco, qualificando ainda mais a produção de azeite de oliva em nosso Estado e no País.

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