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Roberto Grecellé
Coordenador estadual de pecuária de corte do SEBRAE RS.
No Brasil, o consumo anual de carne ovina é estimado em aproximadamente 700 gramas por pessoa, bastante abaixo dos cerca de 37 kg de bovina em média. Mesmo assim, os consumidores têm se interessado mais pelo produto e tem sido difícil para o pecuarista suprir a demanda.
Para o Gerente Regional da Campanha e Fronteira Oeste do SEBRAE RS, Ângelo Aguinaga, a única forma de resolver o problema é conscientizando o produtor da necessidade de fazer um planejamento amplo da criação, evitando que a dedicação ao processo seja esporádica e mais concentrada em uma única parte do ano. O primeiro passo para isso é definir que tipo de produto pretende-se oferecer ao mercado, para então criar uma estratégia de produção.
– Identificar o tipo de mercadoria está relacionado principalmente com perceber se há demanda do mercado e qual a constância necessária de entrega dela, que pode ser semestral ou até semanal – explica.
O mais comum é a venda de ovinos que sigam um certo padrão de tamanho que já se convencionou como o ideal pelos frigoríficos. Estima-se que 70% dos cordeiros criados no Brasil são abatidos nos finais de ano, próximo às festividades de Natal e Ano Novo. Na produção da carne, há uma demanda da indústria por animais de até um ano de idade e que ainda não tenham trocado a primeira dentição. Esse animal, em geral nasceu no mês de julho, e é abatido próximo de dezembro pesando aproximadamente 35 kg e com acabamento de gordura de 3,5 milímetros.
Com base na expectativa de atendimento da demanda, passa-se a planejar a alimentação, a época de acasalamento dos animais, o abate e as raças que serão utilizadas. No que diz respeito à inseminação, pode-se escolher pela monta natural ou pela artificial, que é mais ágil. Entretanto, o problema de acasalar todos na mesma época e vendê-los da mesma forma é que com o abate do rebanho no final do ano, torna-se difícil atender a outras demandas, principalmente no começo do semestre posterior, e aproveitar os preços da entressafra.
Aguinaga explica que, diferentemente do que se pensa no senso comum, pesquisas mostram que é possível produzir em todas as épocas, sendo a questão de venda no Brasil mais um aspecto comercial do que de ciclo de vida do animal. Observa-se que a lã e o leite também são opções para comercialização e que, da mesma forma, necessitam de boas estratégias de vendas.
– Nós temos uma imagem formada de que o consumidor brasileiro quer a carne dessa forma que oferecemos sempre, todos os anos e que isso não pode mudar. Precisamos investir mais em pesquisa e desenvolvimento do mercado para que os argumentos de venda fiquem mais claros para o consumidor – finaliza.
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