Pequenas indústrias gaúchas apostam em redução do desperdício e P&D para se manterem competitivas

Apontamentos são indicados por estudo inédito do Sebrae RS, que inicia esse ano as ações do Polo Sebrae de Indústria, hub referência nacional da organização para o setor

atualizado em: 23/09/22

Da Redação

Com uma amostra de 400 MPEs, o Sebrae RS apontou que minimização de desperdícios (17,5%), pesquisa e desenvolvimento de produtos (15.6%) e pesquisa e desenvolvimento de novos processos (11,9%) são as principais estratégias de inovação adotadas pelas empresas em sua rotina de atuação.

Os números fazem parte de pesquisa conduzida pelo Polo Sebrae de Indústria. Criado este ano para se tornar um hub de conhecimento e de conexão ligando as indústrias de pequeno porte aos grandes players do mercado, o polo é articulado pela unidade gaúcha do Sebrae e funcionará como o modelo referência para a atuação da organização em nível nacional.

“O Polo mostra que o Sebrae, tanto no Rio Grande do Sul quanto no país inteiro, está atento ao desenvolvimento da indústria. Buscamos agir em convergência com os atores que são fundamentais para essa evolução, focando na compreensão dos gaps de competitividade. Agregando aos esforços que já existem nesse sentido, tanto dentro do Sebrae quanto com outros parceiros, conseguimos potencializar a produtividade da nossa indústria”, destaca o diretor técnico do Sebrae RS, Ayrton Ramos.

Representando 10% do setor industrial do País, o RS abriga hoje um universo que abriga mais de 130 mil empresas do segmento, sendo que mais de 95% são empresas de pequeno porte. O polo possui três pilares estratégicos que irão nortear sua atuação: Competitividade, Indústria Inteligente (ou Indústria 4.0, como é comumente chamada) e ESG (do inglês, sigla para o as ações ligadas ao meio ambiente, social e governança).

Em relação a alguns dos desafios e oportunidades das MPEs da indústria gaúcha, o estudo do polo apontou alta carga tributária (22,2%), falta de capital de giro (18,2%) e competição acirrada de mercado – especialmente frente a fornecedores asiáticos (11,8%) como itens a serem superados para se manterem competitivas.

A indústria é fundamental para a geração de empregos e para a inovação. As pequenas manufaturas, ao se aliarem em encadeamentos produtivos com os grandes players, podem ser peça chave de uma nova lógica de agregação de valor. Por isso, atuando em rede, o Polo surge para somar forças nessa busca por mais produtividade e mais integração na cadeia industrial.

Dados indicam ainda que quase 90% dos empreendedores têm pelo menos parte dos seus fornecedores com matriz operacional no Estado. Outros 45% possuem fornecedores exclusivamente gaúchos.

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