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Ana Paula Rezende
Coordenadora Estadual da Saúde do SEBRAE RS
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No Brasil, de acordo com o levantamento realizado pela The Lancet (www.thelancet.com), entre 53 e 74 pessoas a cada 100 mil habitantes são vítimas fatais da baixa qualidade da saúde. Essa faixa de mortalidade, onde também estão incluídos países como México e Argentina, é o segundo melhor índice encontrado pela pesquisa. Os registros mais baixos de mortes evitáveis giram entre 7 e 52 fatalidades a cada 100 mil habitantes, em países como Peru, Colômbia e China. Segurança do paciente é um assunto sério, riscos adicionais na prestação do cuidado têm sido atribuídos à complexidade dos serviços de saúde e à incorporação de tecnologias elaboradas.
Segundo dados da The Lancet, nos países pobres e em desenvolvimento, 10% dos pacientes são vítimas de infecções hospitalares evitáveis, e nos países desenvolvidos a situação não é muito melhor: 7% sofrem com infecções e 1% será vítima de eventos adversos durante tratamentos de saúde.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) prioriza dois desafios globais na área de Segurança do Paciente: reduzir a infecção associada ao cuidado em saúde por meio de campanhas de higienização das mãos e promover a cirurgia mais segura, além das metas internacionais para que o paciente não sofra algum tipo de dano que poderia ser evitado através de estratégias de prevenção.
No Brasil, as metas para Segurança do Paciente, baseadas nas metas internacionais da OMS, são coordenadas pelo Programa Nacional de Segurança do Paciente do Ministério da Saúde, criado em 2013.
Traduzir estratégias simples e eficazes pode ajudar a prevenir e reduzir riscos e danos nos serviços de saúde por meio de protocolos específicos (com inovação e tecnologia) associados às barreiras de segurança nos sistemas e à educação permanente, desta forma evitando o erro humano.
A estratégia através da educação é essencial nesse processo, quando destaca-se a falha na comunicação sendo o motivador por riscos comuns em eventos adversos. Se as informações não são claras e completas, o paciente fica com a sensação de que falta transparência, gerando desconfiança no paciente e nos familiares.
E para reduzir os erros humanos, você precisa garantir que, em todas as ocasiões, os pacientes sejam conectados ao tratamento correto e na hora certa.
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