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Fabiano Nichele
Gerência Setorial do Agronegócio
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A apicultura é uma das atividades mais antigas e importantes do mundo, prestando grande contribuição à humanidade – através da produção do mel, da geléia real, do pólen, da própolis, da cera, da apitoxina (veneno de abelha) –, bem como à agricultura pelos serviços de polinização.
O Brasil possui reservas florais disponíveis (pasto apícola) que podem produzir mais de 150 mil toneladas anuais de mel de primeira qualidade, aceito pelos mercados internacionais mais exigentes, e tem potencial de conquistar a posição de primeiro produtor de mel do mundo.
Para atingirmos um patamar de líder na produção mundial, o desafio não é pequeno. É necessário organizar e profissionalizar a cadeia produtiva. O apicultor precisa conhecer o negócio apícola. Hoje não existe mais espaço para amadorismo na atividade, e precisamos ser cada vez mais assertivos na parte gerencial e técnica para garantir a qualidade do produto, o aumento da produção e a exploração da atividade de forma adequada.
A demanda por alimentos seguros à saúde aumentou nos últimos anos. Com o crescimento do consumo dos produtos apícolas, a preocupação por parte do consumidor é em adquirir alimentos saudáveis. As tecnologias disponíveis têm uma função importante para a cadeia produtiva do mel, pois permitem passar credibilidade aos consumidores. Disponibilizar informações sobre a florada predominante, origem/procedência (apicultor), localização do apiário e período de produção e apresentar uma embalagem no produto são diferenciais para o consumidor final.
Foram consenso durante o Congresso Brasileiro de Apicultura, realizado em maio em Joinville (SC), os temas fortalecimento e profissionalização na cadeia do mel. A entidade que congrega essa cadeia produtiva, a Confederação Brasileira de Apicultura (CBA), levou ao debate que não há mais espaço para quem não foca e investe na atividade, além de enfatizar a importância e a necessidade do uso da tecnologia disponível para o avanço da apicultura nacional.
Conforme dados estatísticos divulgados pelo IBGE, o RS é principal produtor com 6.284 toneladas, representando 15,9% da produção nacional. Aqui existem inúmeras possibilidades/oportunidades para cadeia do mel, tais como a composição florística altamente diversificada e distinta das diferentes mesorregiões do Estado, o potencial para produzir com altíssima qualidade e características marcantes, únicas, de cada local, além de prestar indiscutíveis serviços de polinização que permitem a sustentabilidade dos negócios.
Como se vê, na cadeia da apicultura há grandes oportunidades para todos os portes de produtores, tanto no Brasil como no RS, para que se possa oferecer produtos de grande qualidade, desde que os envolvidos no segmento busquem qualificação, diferenciação e, claro, inovação para surpreender os consumidores.
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