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Empreendedorismo

Pensando o Futuro

Empreendedorismo que Transforma começa na escola

atualizado em: 20/07/18
Roselaine Monteiro Moraes

Roselaine Monteiro Moraes

Gestora de Políticas Públicas Sebrae RS

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Ser empreendedor vai além de abertura de negócios, na medida em que podemos adotar comportamentos empreendedores no cotidiano e em qualquer situação profissional

É possível aprender empreendedorismo desde cedo?

Afinal de contas, quem serão os futuros empresários, médicos, professores, advogados, políticos, e outras profissões que nem conhecemos ainda? Se você pensou nos nossos jovens e adolescentes, acertou! E como podemos apoiá-los para a adoção de um pensamento empreendedor? É possível aprender a ser empreendedor desde cedo?

Os estudos sobre educação empreendedora iniciaram nos Estados Unidos, na Universidade do Sul da Califórnia, na década de 70. De lá para cá, diversas iniciativas nas instituições de ensino superior abriram espaço visando o ensino sobre empreendedorismo, o que também vem acontecendo, em menor escala, na Educação Básica.

A escola tem um grande desafio na formação integral do indivíduo. Frente a isso, a aprendizagem ganha contornos que envolvem a aquisição de competências por meio de conhecimentos, habilidades e atitudes. Algumas delas, como a aprendizagem por experiência, o trabalho em equipe e a criatividade estão no grupo de competências empreendedoras e podem ser trabalhadas na escola, desde cedo.

Empreendedorismo que Transforma começa na escola 1

Mas para que aprender sobre empreendedorismo?

Ser empreendedor vai muito além de abertura de negócios, na medida em que podemos adotar comportamentos empreendedores no cotidiano em qualquer situação profissional. O empreendedorismo deve ser visto como uma possibilidade de um futuro melhor para quem deseja abrir um negócio, para ser um profissional liberal ou para quem vê uma oportunidade em uma empresa já estabelecida. Ou seja, tornar-se um empreendedor ou um intraempreendedor (aquele que utiliza suas características empreendedoras dentro de uma organização) é bom para sociedade, uma vez que poderá contar com um capital humano dotado de competências que lhe permita utilizar um conjunto de recursos que envolve interação com as pessoas e o relacionamento com o mundo do trabalho.

O empreendedorismo é uma realidade. Sabendo que empresas, organizações e instituições continuarão a existir, e que o mercado exige cada vez mais pessoas capazes de serem transformadoras, desenvolver uma cultura empreendedora nas escolas, surge como uma oportunidade e um diferencial para as pessoas e suas comunidades.

Pensar desde cedo no preparo dos indivíduos que estarão conduzindo ou colaborando em negócios é uma estratégia a ser pensada. Fomentar uma cultura empreendedora pode despertar um olhar para que se cultive negócios promissores e sustentáveis que sejam capazes de promover desenvolvimento socioeconômico, gerando benefícios para a sociedade como um todo.

Como o empreendedorismo pode ser trabalhado na escola?

O professor é peça-chave no processo de construção de conhecimento junto com seus alunos. Propor atividades compartilhadas, visando a solução de problemas, é um caminho que possibilita maior engajamento dos estudantes. O professor, com sua autonomia, pode conduzir, em suas disciplinas, experiências e vivências que incentivem novas formas de pensar e agir. Ações que promovam a inovação, o trabalho em equipe, a superação de obstáculos, a criatividade e o comprometimento facilitam o desenvolvimento das competências empreendedoras, características cada vez mais valorizadas no mundo do trabalho. Pessoas persuasivas e capazes de irem além, propondo ideias e soluções, podem transformar realidades.

 A professora Claudia Silva, que atua na educação básica, relata que o desenvolvimento de propostas com base em metodologias ativas (aprender por experiência) é uma realidade na sua escola. Ela planeja projetos educacionais a partir da curiosidade dos seus alunos, propondo com eles a resolução de problemas. “Quando um projeto é desenvolvido com e entre os alunos, inevitavelmente são trabalhados a atuação em equipe, o pensar criativo e a colaboração em rede e isso pode ser desenvolvido pelo professor, embora essa proposta de atuação ainda seja vista como algo novo por alguns professores”, afirma Cláudia. A escola como formadora de cidadãos críticos, reflexivos e autônomos cumpre seu papel na medida em que propõe ao seu aluno um aprendizado para além da sala de aula. Uma atuação focada num pensamento empreendedor é para vida.

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