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Franquias / Redes de Cooperação

E-commerce

O cenário e a representatividade do turismo online

atualizado em: 29/10/18
Túlio Josué Pinheiro dos Santos

Túlio Josué Pinheiro dos Santos

Coordenador Estadual de Franquias e Redes Cooperação do SEBRAE RS

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O que antes era feito somente de forma presencial e com poucas opções de roteiro hoje pode ser feito andando na rua

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Como já foi possível ver no artigo anterior, o turismo veio se modificando ao longo do tempo. Com o advento da internet e do comércio eletrônico, ganhou mais destaque e impulso. O que antes era feito somente de forma presencial e com poucas opções de roteiro hoje pode ser feito andando na rua, com apenas um smartphone, resultando em inúmeros destinos possíveis de serem visualizados e adquiridos.

O mercado do turismo online vem ganhando espaço e a confiança das pessoas para adquirirem os produtos turísticos. A efetivação de compra de produtos online vem se tornando cada vez mais fácil e simples na visão das pessoas.

 

Facilidade para efetivação das compras online, por segmento:

O segmento de viagem e férias é o item mais fácil para efetivar compras online, no qual as pessoas estão mais propensas a fazer a adesão de destinos para viagens e férias. Ainda, os canais de preferencias de compra de destinos turísticos e de viagens estão se modificando. Se formos analisar os meios de reservas para hotéis e passagens aéreas, percebemos que diversos canais estão sendo utilizados. Porém, mais de 50% das reservas de hotéis são feitas por OTA, ou seja, estar presente nas agências de turismo online é fundamental para ganhar maior visibilidade. E 45% das passagens são compradas diretamente no site/APP da própria companhia aérea e 35% diretamente com as OTA, demonstrando um pouco que ações de parcerias com as grandes operadoras pode facilitar a entrada de clientes.

Outro fator importante, e que é de grande valia para a contextualização, se delimita à compreensão do turismo doméstico e estrangeiro, das diferenças na balança cambial e da emissão e recepção de turistas no mercado interno. Itens importantes e que podem trazer grandes reflexões sobre o comportamento de consumo.

Quando se analisa balança cambial, verifica-se que os gastos dos brasileiros no exterior são muito maiores que os gastos dos estrangeiros no Brasil. Ou seja, existe uma grande parte dos turistas que estão gastando mais fora do País. Os aspectos que compreendem esse tipo de comportamento são diversos, mas alguns podem ser os elevados custos para se fazer turismo no Brasil, apesar das variações do dólar. Abaixo a representação desse contexto em 2016.

Outro ponto, e que pode ser incentivado cada vez mais nas estratégias para captação de novos turistas, é dos países que mais emitem turistas para o Brasil na América Latina. O continente foi responsável pelo envio de 56,7% de turistas estrangeiros. De forma mais específica, a maior parte dos turistas vieram da Argentina, com a chegada de 2,3 milhões de argentinos em 2016 (35% do total), estimulados pela valorização do Peso Argentino em relação ao Real.

Dentre as motivações dos estrangeiros para viajar ao Brasil, o lazer tem participação de 56,8%, enquanto a categoria “Negócios, eventos e convenções” representa 18,7% do total das viagens realizadas. Além disso, os destinos mais procurados são os de sol e praia ou relacionados à natureza, ecoturismo e aventura, características que diferenciam o País.

O mercado doméstico é uma grande oportunidade para o turismo brasileiro. Para se ter uma ideia da dimensão e do potencial desse mercado, apenas 60 milhões de brasileiros, menos de um terço da população, viajam pelo País. Conforme a sondagem de intenção de viagens realizada em novembro de 2017 pelo MTUR e FGV, 82,8% dos consumidores pretendem viajar para destinos nacionais. A região Sul é a segunda mais desejada, correspondendo a 23,9% das intenções. Ademais, os Estados mais desenvolvidos se destacam como os mais importantes centros receptivos e emissivos. Em número de turistas, em apenas cinco Estados – São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Bahia – tem-se mais de 50% do emissivo e quase 50% do receptivo do País.

Somado a isso, de acordo com o relatório Webshoppers, produzido pela Ebit|Nielsen, o setor do turismo online teve um crescimento de 17,8% em 2017 quando comparado a 2016. Foi o segundo setor com maior crescimento nominal e com participação de volume financeiro de 31,3%.

O mercado de turismo online cresce, mas com inúmeros desafios e oportunidades. Não somente por conta de aspectos externos e de mercado, mas de mudanças de comportamento de consumo e que devem ser acompanhadas pelos empreendedores.

 

Veja também a primeira parte deste artigo:

O novo turismo com a chegada do comércio eletrônico

[Artigo]

O novo turismo com a chegada do comércio eletrônico

A internet preencheu o setor com mais informações, revolucionou as organizações turísticas e criou formas de comercialização e divulgação dos produtos e serviços.

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