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Roberto Grecellé
Coordenador estadual de pecuária de corte do SEBRAE RS.
O Rio Grande do Sul é uma grande boutique de carne sustentável e de qualidade, oferecendo um produto cada vez mais reconhecido e demandado pelos consumidores e apto a galgar nichos de mercado de maior valorização. Esta é uma análise defendida por muitos especialistas, incluindo o engenheiro agrônomo Marcelo Fett Pinto, ativista por uma produção de carne sustentável e de alta performance.
De acordo com dados disponibilizados por ele, a pecuária bovina de corte no Estado conta com cerca de 13,6 milhões de cabeças, o que dá mais de um bovino por habitante, com um desfrute em torno de 14%, o que equivale a um abate anual de 1,9 milhão de cabeças. Esta atividade utiliza uma área de cerca de 28,1 milhões de hectares, sendo que há uma grande vantagem, pois uma vasta área do Estado (67%), concentrada principalmente no sul e oeste, possui uma característica peculiar e altamente positiva, que são as extensas áreas de vegetação natural campestre, o que Marcelo classifica como “diferencial pampeano”. Nesses campos nativos, associados às áreas de integração lavoura-pecuária, se alicerça a base da produção pecuária gaúcha.
O especialista destaca a riqueza biológica dessa imensa área, classificada por ele como a “Amazônia do gaúcho”, sendo o Pampa o único bioma exclusivo do Estado. Segundo estudos, estão presentes ali mais de 2,6 mil espécies de plantas vasculares com propriedades farmacológicas ainda desconhecidas, centenas de espécies de mamíferos, aves, répteis e outros vertebrados, além de uma infinidade de insetos polinizadores, estes últimos responsáveis pela polinização de aproximadamente 3/4 das plantas cultivadas no planeta.
Um aspecto importante sobre a pecuária e seu diferencial pampeano, de acordo com sua análise, é que o Estado conta com um robusto embasamento científico suportado por instituições de pesquisa, como UFRGS e Embrapa Pecuária Sul, entre outras, atestando tanto os diferenciais qualitativos e benéficos à saúde humana da carne produzida com base em pasto, com satisfatórios níveis de vitamina E, ômega 3, ácido linoleico conjugado (CLAs) – todos estes também vendidos em cápsulas –, entre outros. O destaque também vai para as toneladas de carbono que os campos nativos e pastagens sequestram da atmosfera, quando bem manejados, associando alimento à prestação de serviços ecossistêmicos.
Em sua defesa por uma pecuária de corte cada vez mais harmoniosa com o ambiente, Marcelo ressalta que a sustentabilidade, além dos fatores ambientais, contempla também aspectos econômicos e sociais para que realmente essa atividade que forjou a economia do Estado, com sua cultura intrinsecamente vinculada à criação de gado em ambientes naturais, se sustente em longo prazo, garantindo a permanência dos produtores rurais – os “Guardiões do Pampa” – em sua atividade vocacional.
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