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Ana Carolina Cittolin
Gerência Setorial do Agronegócio
O manejo de pastagens está passando por uma revolução. Desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em Ecologia do Pastejo (UFRGS) e em fase de validação pelo Serviço de Inteligência em Agronegócios (SIA), o “pastoreio rotatínuo” já chegou a mais de 1 mil propriedades rurais do sul do país. O novo método mistura o melhor dos modos rotativo e contínuo, garantindo aumento na produção de carne e de leite.
A ideia é reconhecer a inteligência do próprio rebanho e usá-la a favor da produção: os animais trocam a área de pasto (como no método rotativo), mas de acordo com a sua própria escolha (método contínuo), já que os próprios ruminantes sabem selecionar e buscar a parte mais nutritiva das plantas. Em outras palavras, o próprio animal identifica como otimizar o seu tempo de pastejo para produzir mais e melhor.
Diretor executivo do SIA, Davi Teixeira explica que o segredo está em manter a altura do pasto, para que o animal capture maior concentração de nutrientes. A cobertura vegetal constante minimiza a perda de solo, incrementa os estoques de carbono e acelera a ciclagem de nutrientes, com grande impacto na fertilidade e produtividade a médio prazo, reduzindo o custo de produção.
Consultor do SEBRAE RS, Davi Teixeira garante que “sistemas de produção agropecuária fundamentados em pastagens são capazes de conferir elevados níveis de produtividade e, acima de tudo, de rentabilidade, uma vez que os pastos representam a fonte mais eficiente de transformação de nutrientes de origem vegetal em produção animal.”
“Pastagens são ‘lavouras’”, diz o zootecnista, “não de grãos, mas de carne ou leite. Tem que saber plantar, adubar e colher”, ressalta Davi, destacando a necessidade de planejar o uso das áreas, a quantidade e a sazonalidade de forragem, a adubação dos pastos e a comercialização. O primeiro passo da implantação é mensurar quanta forragem o rebanho demanda. Depois, o produtor deve mapear a composição do rebanho por categoria animal, estabelecer metas de performance e dimensionar as áreas de pastagem. “Além disso, é preciso entender o potencial produtivo das espécies forrageiras para definir o nível de adubação. Geralmente se utilizam formulações de adubo com nitrogênio, fósforo e potássio”, explica Davi.
No Rio Grande do Sul, as pastagens naturais ainda representam a maior parte da base alimentar dos rebanhos: “Representam um recurso forrageiro que, se bem tratado, com técnicas de melhoramento que vão desde o ajuste de lotação até adubação e irrigação, dão excelente resposta e conferem diversidade e resiliência aos sistemas”, diz o consultor do Sebrae-RS. As pastagens cultivadas estão aumentando a sua participação, com espécies de verão como milheto, sorgo forrageiro e capim sudão, enquanto aveia, azevém e trigo duplo propósito são usadas no inverno. “Recentemente, as perenes de verão têm sido bastante utilizadas, como braquiárias, capim aruana, áries, tifton, entre outras. As leguminosas como trevo branco, trevo, vermelho, trevo vesiculoso e cornichão também são utilizadas, agregando importantes características aos ambientes de produção”, conclui o diretor do SIA.
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