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Energia eólica

Obras de interligação trazem oportunidades de negócio

atualizado em: 17/05/18
Fabiano Cislaghi Dallacorte

Fabiano Cislaghi Dallacorte

Coordenador estadual do Metalmecânico e Energia do SEBRAE RS.

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Dentro desse quadro, apesar de as obras serem tocadas pelas grandes empresas do consórcio e grandes terceirizadas, toda a cadeia de produção pode se beneficiar

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Com suas usinas de energia eólica já instaladas, o RS tem cerca de 1,8 GW de capacidade de produção, cerca de 20% da capacidade brasileira. Mas, de acordo com o Sindieólica RS, o Sindicato das Indústrias de Energia Eólica e Solar do Rio Grande do Sul, tudo está parado por falta de interligação com o sistema nacional, o que impede que os projetos do Estado entrem nos grandes leilões energéticos.

Isso se deu por atrasos nos projetos de redes de transmissão, que estariam prontos em 2018, mas não saíram do papel, e que serão retomados a partir da definição da Sociedade de Propósito Específico (SPE) envolvendo a Eletrosul, a Shanghai Electric e um fundo chinês. O planejamento prevê linhas de transmissão integrando as usinas eólicas e termelétricas, ampliação de dez subestações já existentes e construção de oito novas subestações. Sua conclusão está prevista para abril de 2022, permitindo que o Estado já entre em leilões cuja entrega da energia esteja prevista para essa data em diante.

Dentro desse quadro, apesar de as obras serem tocadas pelas grandes empresas do consórcio e grandes terceirizadas, toda a cadeia de produção pode se beneficiar, visto que a demanda de serviços até lá será bem grande, principalmente nas áreas que já contam com os parques eólicos, como o litoral Norte (Osório, Xangri-lá, Palmares do Sul e Tramandaí), Rio Grande e Campos Neutrais (Santa Vitória do Palmar e Chuí, que contam com o maior parque eólico da América Latina, com capacidade de 400 MW) e região oeste (Livramento). Segundo o presidente do Sindieólica RS, Guilherme Sari, agora o setor está otimista pela possibilidade de finalmente se interligar ao sistema, e as obras podem beneficiar todo tipo de empreendimento, incluindo os micro e pequenos.

Obras de interligação trazem oportunidades de negócio

Empresas de projetos, licenciamento ambiental, advocacia, exploração e transporte de areia, concreto e pedras, serviços de vigilância, transporte, terraplanagem e construção civil, entre outras, devem ficar atentas às possibilidades de contratos de prestação de serviços que podem aparecer. E, fora do escopo direto das obras, também há toda a rede de hotelaria, alimentação, transporte e entretenimento que deve se preparar para o movimento que vem com toda a movimentação nas cidades envolvidas nos projetos.

Portanto, é importante os micro e pequenos se integrarem a esse quadro porque surgirão demandas durante esses quatro anos. Segundo o especialista, a grande preocupação do setor também é deixar um legado nas cidades envolvidas depois de todas as obras concluídas, de forma que a receita e o desenvolvimento que vierem sejam convertidos para as comunidades.

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