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Uma visão sobre as oportunidades na cadeia de energias renováveis

atualizado em: 20/11/17
Cleverton Luis Paranhos da Rocha

Cleverton Luis Paranhos da Rocha

Gestor dos Projetos da Energia do SEBRAE

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Estima-se que a energia solar fotovoltaica representará 32% da matriz elétrica em 2040

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A geração de energia por fontes renováveis já é uma realidade em muitos países da Europa, Ásia e América do Norte, e não será diferente no Brasil. O Brasil tem um grande potencial para gerar energia elétrica por meio de fontes renováveis, isto graças a sua imensa extensão territorial, a seus excelentes níveis de irradiação solar – energia elétrica fotovoltaica/térmica -, das características dos ventos – energia eólica -, do seu potencial hídrico para a geração a partir de grandes e pequena centrais hidrelétricas (GCH/PCH), bem como, da geração de energia relacionada a biomassa de resíduos de madeira, palha do arroz, bagaço da cana de açúcar.

Este potencial, associado as múltiplas fontes de geração de energia elétrica, é o caminho para uma matriz elétrica segura e sustentada nas fontes de geração de energia renovável. Porém, é preciso ter em mente que as chamadas fontes convencionais, ainda são necessárias para a segurança energética nacional, pois oferecem baixo custo e facilidade de estocagem.

Neste cenário, o aumento da participação de fontes renováveis de energia na matriz elétrica, é inevitável e um caminho sem volta.

Estamos lentamente caminhando para a disseminação de fontes renováveis na matriz elétrica, entretanto, a administração e a operação de um sistema complexo como o brasileiro é um grande desafio para o setor. De acordo com dados do Boletim de Capacidade Instalada de Geração Elétrica – Brasil Mundo -2016, do Ministério de Minas e Energia, a expansão da geração de energias por fontes renováveis na matriz elétrica, não está assumindo o espaço esperado, embora 90% do total dos 9.5GW de potência instalada tenha sido de fontes renováveis. As fontes hidráulica e de biomassa lideram essa expansão. Ainda segundo o Ministério de Minas e Energia, os principais desafios são de ordem econômica e operacionais, mas não podemos esquecer dos fatores climáticos como as secas severas de algumas regiões do Brasil e ambientais, que por exemplo, limita a construção das hidrelétricas.

Na administração existe uma máxima em que “onde há desafios, existe grandes oportunidades”, ou seja, tão grande quanto o potencial para geração de energia, está a imensa oportunidade de negócios para as pequenas empresas, fornecedoras ou potenciais fornecedoras de bens e serviços para o segmento de energias renováveis.

Conforme estudo encomendado pelo SEBRAE, estima-se que a energia solar fotovoltaica representará 32% da matriz elétrica em 2040, hoje representa menos de 1%. O potencial solar fotovoltaico brasileiro é de 28.500 GWp em aplicações de geração centralizada, e 164,1 GWp em aplicações de geração distribuída. Já na energia eólica o potencial é de 500 GWp, hoje são mais de 12,3 GW de capacidade instalada e deverá chegar a pelo menos 17,5 GW até 2020. No que tange a geração de emprego, estima-se que são gerados cerca de 15 a 25 postos de trabalho para cada MWp instalado.

O crescimento acelerado deste mercado, remete a grandes oportunidades para os pequenos negócios seja na produção de bens e serviços. As principais oportunidades para os pequenos negócios estão no segmento de serviços, tais como: integradores de sistemas fotovoltaicos, serviços de consultoria e assessoria diversos, certificadoras, serviços terceirizados para grandes empresas de operação e manutenção, serviço de engenharia, treinamento, inovação tecnológica, logística especializada, entre outros…

Já no segmento de bens, as oportunidades para os pequenos negócios são menores, visto que neste segmento o domínio são das grandes empresas que precisam de escala para serem competitivas. Para pequenos negócios a oportunidade está no fornecimento de sistemas de monitoramento, bem como, no fornecimento de parafusos, borrachas, embalagens, peças, equipamentos e componentes elétricos e eletrônicos.

Para explorar estas oportunidades, o pequeno negócio precisa, além da qualificação técnica, da experiência e da qualificação da gestão, é preciso quebrar os modelos mentais, rever seu modelo de negócios,  ser ativo e produtivo comercialmente, ter estratégias comerciais/vendas eficientes, ofertar em conjunto para ofertar melhor, ou seja, trabalhar de forma cooperativa e compartilhada.

Foi pensando nas diversas oportunidades para a pequena empresa que o SEBRAE RS lançou o projeto ‘ENERGIA MAIS” uma iniciativa para promover o posicionamento de mercado das MPEs do setor de energia através da qualificação da gestão comercial e da geração de parcerias entre empresas.

Quer saber mais sobre essa iniciativa, entre em contato clevertonr@sebrae-rs.com.br ou (51) 99277-2158

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