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Pedro Brites Pascotini
Coordenador Estadual de Olivicultura e Grãos e sistemas integrados do SEBRAE RS
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Imaginar um diálogo no início dos anos 2000 onde alguém tentasse convencer um pecuarista a desenvolver alguma cultura de lavoura ou um agricultor a desenvolver alguma criação é imaginar uma tarefa árdua. Imagine ainda se a tarefa fosse o convencimento para levar as duas atividades paralelamente, aproveitando os intervalos sazonais. Não é difícil calcular que muitos diriam que seria inviável. Felizmente, para o bem do crescimento de nosso agronegócio, alguns produtores toparam a ideia, e o fato é que a integração da lavoura com a pecuária já é uma atividade de sucesso tanto no aspecto ambiental quanto no aspecto econômico.
Uma pesquisa com a safra 2015/2016 realizada pelo Kleffman Group apontou uma área de mais de 11 milhões de hectares de sistemas integrados de produção. Mato Grosso do Sul e o Rio Grande do Sul são os Estados de destaque quando o assunto é integração lavoura/pecuária/floresta. Dentre os modelos classificados, 83% eram de integração de pecuária com lavoura.
Benefícios como manutenção da biodiversidade e sustentabilidade da atividade agropecuária, aumento da rentabilidade por hectare, melhor aproveitamento da propriedade e a melhoria do bem-estar animal são destacados pela boa aceitação da política de integração. No grupo dos pecuaristas, 84% se declararam satisfeitos com os resultados obtidos.

Histórico da integração
Se no início dos anos 2000 tal integração ainda era rara, a segunda década do novo milênio trouxe novas perspectivas. O ano de 2012 foi um marco importante para o desenvolvimento da cultura de integração lavoura/pecuária/floresta. Uma parceria público-privada denominada Rede Fomento ILPF foi fundada com o envolvimento das empresas Cocamar, Dow AgroScience, John Deere, Parker, Syngenta e Embrapa. O objetivo principal era intensificar o processo de sustentabilidade no agronegócio do Brasil.
A utilização do financiamento privado associado ao orçamento da Embrapa possibilitou o atendimento a todas as regiões do País através de 97 URTs (Unidades de Referência Tecnológica) com disponibilização de apoio técnico e capacitação dos produtores interessados em aplicar o modelo em suas propriedades. Ou seja, foi um exemplo prático de que integrar as culturas é o caminho para agregar valor às propriedades e ao que é produzido nelas.
Atento a essa evolução da integração a nível nacional, mas também a resultados de pesquisa a nível estadual, o Programa Juntos para Competir – JPC (Farsul, Senar/RS e Sebrae RS) propôs em 2015 um projeto-piloto de integração lavoura-pecuária na região noroeste, contando com cerca de 90 produtores. O projeto, que se encerra no final de 2018, está sendo um sucesso. No dia 7 de dezembro, em São Miguel das Missões, serão apresentados os resultados técnicos e econômicos, bem como alguns cases de sucesso.
Foi por meio dos excelentes resultados obtidos no projeto-piloto que o JPC também avançou na integração lavoura-pecuária e hoje conta com cinco projetos atendendo cerca de 320 produtores rurais com esta temática, integrando culturas e explorações agropecuárias, pensando um sistema produtivo intensivo, economicamente viável e seguindo os preceitos de conservação ambiental.
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