Startup gaúcha desenvolve sensores para otimização de irrigação

Ivana

Jornalista

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A Raks Tecnologia Agrícola é uma startup de São Leopoldo que desenvolveu um programa que otimiza e automatiza o processo de irrigação do solo. Recentemente, a iniciativa rendeu a aprovação de um aporte financeiro de R$ 200 mil do Fundo20, resultado da parceria estabelecida pela VENTIUR e o Tecnosinos visando fomentar a inovação e o empreendedorismo no Vale dos Sinos.

“Queremos fechar o ano com 50 fazendas utilizando o nosso sistema completo. Com esse valor, pretendemos aumentar o nosso time, aumentar nossa capacidade de produção para atender esse total de fazendas até o final de 2020. Hoje, são cinco fazendas utilizando o sistema”, destaca a co-fundadora da Raks Tecnologia Agrícola, Fabiane Kuhn.

O projeto da Raks funciona com sensores de umidade movidos a energia solar que se comunicam com um sistema central e, assim, os produtores podem acompanhar os dados de umidade do solo por site ou aplicativo. Sem precisarem de deslocamento até a lavoura, os produtores recebem um alerta sobre a necessidade de irrigação, que é acionada à distância. Eles também têm a opção de configurar o sistema para que a irrigação seja acionada automaticamente, sempre que detectada a necessidade. A solução reduz gastos, aumenta a produtividade e diminui o impacto ambiental, já que evita o desperdício de água.

Experiência internacional

No ano passado, participou do Iowa Agritech Accelerator, programa com foco no desenvolvimento internacional de empresas com soluções para o agronegócio. A startup gaúcha, incubada no Tecnosinos, em São Leopoldo, ficou cerca de 100 dias na cidade de Des Moines, nos Estados Unidos. Foram dezenas de rodadas de mentorias, workshops, capacitações, visitas a empresas parceiras e a lavouras que são referência em tecnologia. Eles também participaram de feiras agrícolas, apresentando o produto a investidores e agricultores norte-americanos.

“Foi um processo bem intenso que nos ajudou bastante no crescimento profissional da Raks, mas também na abertura de mercado nos Estados Unidos. Podemos dizer que hoje a empresa está estabelecida no Brasil e nos Estados Unidos, que são dois dos dez países que têm mais áreas irrigadas do mundo. Isso se torna bem estratégico“, comemora a empresária.

Oportunidade que aconteceu depois que a empresa participou do StartupRS Agritech em 2018, programa desenvolvido pelo Sebrae RS. Na avaliação da empreendedora, a participação contribuiu para que a empresa pudesse chegar no patamar que está, pois abriu as portas para o mercado, colocou em contato com produtores, capacitou e desenvolveu a habilidade empreendedora, além de  colocar a empresa em contato com outras startups do setor.

O analista de articulação de projetos do Sebrae RS João Antônio Pinheiro Neto acrescenta: “Eles tiveram a oportunidade de desenvolver ainda mais o produto, de pensar o negócio de forma estratégica, além de contato com o público-alvo. O programa conectou a empresa aos produtores, isso também gerou feedbacks e possibilitou que melhorias fossem pensadas”, resume.

Fique ligado!

As inscrições para a próxima turma do Startup Agritech abrem em março. O programa é destinado a startups que desenvolvam soluções em software ou hardware e que resolvam problemas reais na cadeia do agronegócio. Por meio de consultorias, workshops, mentorias e ações de mercado, o programa visa validar o modelo de negócios das startups, preparação para vendas e conexão com grandes players do agronegócio por meio de acesso facilitado a eventos, rodadas de negócios, entre outras ações de mercado. Saiba mais em https://startups.sebraers.com.br/startuprs-agritech/.

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