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SEBRAE RS
Redação
Quando decidiu fundar o primeiro restaurante tibetano do Brasil, a empreendedora Adriana Shak buscou a ajuda do Sebrae RS. A ideia era montar um negócio que fosse além da gastronomia, um ponto de divulgação da cultura do país asiático. Desde 2013, o Espaço Tibet funciona nas cercanias do templo budista existente no município de Três Coroas e é administrado por Adriana e seu marido, o tibetano Ogyen Shak.
Antes de empreender, Adriana conta que passou 14 anos trabalhando como voluntária no templo budista, convivendo com a cultura e a religião do Tibet. Ela acredita que foi assim que se percebeu influenciada e inspirada a prosseguir com um perfil de vida mais contemplativo, a partir dos ensinamentos dos mestres budistas, porém vivendo no Ocidente. “O tempo que fui voluntária no templo da Serra Gaúcha me proporcionou reflexões que hoje compreendo como lições e utilizo em meu dia a dia. O restaurante é uma consequência desse período e de amadurecimento”, ressalta ela.
Quem visita hoje o Espaço Tibet identifica logo que não se trata de um negócio exclusivamente de alimentação. A microempresa foi planejada e ambientada para ser um ponto de divulgação fiel à cultura tibetana. “Investimos nosso tempo e esforço para agregar informação e conhecimento para além da comida, é claro. O negócio faz sentido no momento em que conseguimos esclarecer ao público que o Tibet não é religião em tudo. Existe muito além disso. Um dos mitos é que não se trata de cardápio vegetariano”, ensina.
Na relação com o Sebrae RS, os proprietários do Espaço Tibet reconhecem que a instituição teve papel fundamental para estruturar os processos na gestão. “Tive auxílio em todos os aspectos relevantes e questionados por mim quando em dúvida. Se hoje temos uma operação bem-sucedida do ponto de vista administrativo, com custos controlados e gastos dentro das metas, é porque o trabalho foi bastante eficiente”, conclui a empreendedora.
O gerente da regional do Vale dos Sinos, Caí e Paranhana, Marco Copetti, analisa que esse case se enquadra como exemplo de ideia original e inovadora para o mercado de restaurantes. “Identificamos que o plano de negócio poderia ter bons resultados, porque era uma boa ideia e havia disposição dos empresários”, comenta, indicando que “quem experimenta o restaurante vive uma abordagem gastronômica realmente diferenciada no Rio Grande do Sul”, destaca.
Um dos pratos principais, hoje, na cozinha do Espaço Tibet é o pernil de cordeiro ao molho de anis, acompanhado de arroz branco flambado na manteiga com castanha de caju picadas e gergelim preto e batatas cozidas e seladas com ervas finas e cenoura caramelada. Há também costela de porco ao molho de maracujá e hibiscos.
O restaurante abre de quartas a domingos para o almoço, e aos sábados, das 20h às 23h, somente no sistema de ordem de chegada. “Não fazemos reservas, pois percebemos que temos bastante procura e priorizamos as pessoas que estão no local”, informa Adriana.
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