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Ana Paula Rezende
Coordenadora Estadual da Saúde do SEBRAE RS
No começo do século 20, a operação e os custos da saúde sempre foram de responsabilidade do setor público e da atividade filantrópica. Por consequência, as organizações tinham dificuldades para operar e obterem lucro. Diante do considerável crescimento populacional desde a Segunda Guerra e do aumento das demandas por serviços de saúde pública, diversas adaptações e experiências internacionais foram feitas na criação de sistemas de saúde em que planos privados começam a ter participação.
Atualmente, o segmento da saúde é constituído por organizações de natureza operacional e objetivos estratégicos distintos. Sejam os planos de saúde, clínicas médicas e odontológicas, hospitais e laboratórios de análises clínicas, indústria de equipamentos e medicamentos, além do atendimento às normas da Agência Nacional de Saúde (ANS) e Anvisa, todos querem maximizar o retorno de investimentos na promoção da saúde, prevenção de doenças e reabilitação do paciente.
O atual cenário econômico e demográfico tem impactado toda a cadeia da saúde. As operações do SUS e dos planos de saúde estão sofrendo com os efeitos do envelhecimento da população, a exemplo no Estado do Rio Grande do Sul, onde cerca de 11% da população tem mais de 65 anos.
Além disso, a saúde tem sido impactada pelo aumento das taxas de desemprego e informalidade – que, por consequência, reduzem beneficiários –, o aumento da inadimplência, o alto custo das novas tecnologias, a mudança da cobertura nacional para regional, a elevação das despesas com exames/tratamentos e a ascensão da classe C – que ampliou a demanda de bens e serviços de saúde – e principalmente a redução e atraso dos repasses do SUS para hospitais e postos de saúde integrados a esse sistema.
Diante deste cenário recessivo vindo de 2015 e 2016, há oportunidades, gargalos e dificuldades para o setor da saúde suplementar no Brasil. Para 2018, já com uma perspectiva de elevação, as projeções apontam para o crescimento de 10,1% no faturamento do setor (LAFIS 2017).
O SUS é, hoje, a maior política pública que o Brasil já construiu, pois nunca se fez tanto em termos de inclusão social e acesso da população à saúde. Apesar das falhas que o modelo apresenta, se faz muito com o pouco que tem. Hoje, 20% da população tem plano de saúde privado, mas mesmo assim termina utilizando o SUS nas ações de prevenção, imunização, doenças infecciosas, promoção, tratamento de alto custo e transplantes. É um engano imaginar que o SUS atenda somente a camada menos favorecida, pois 90% dos procedimentos de alto custo e complexidade são oferecidos somente através dele.
O SUS é um operador de plano de assistência à saúde dotado de grande complexidade e que oferece serviços médicos gratuitos para qualquer indivíduo que esteja no Brasil, e as operadoras de planos de saúde com fins lucrativos devem estar cientes de que o sistema é o maior concorrente.
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