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Carolina Niederauer
Semente Negócios
Se você está começando uma startup, tudo que você imagina sobre seu modelo de negócios e ainda não testou e validou com seu mercado são hipóteses! Assim como já falei no último artigo sobre o Canvas (inserir o link do artigo anterior depois de publicado), essa é a melhor ferramenta para você, que está iniciando o desenvolvimento de sua startup, organizar sua ideia de forma simples e visual, evidenciar as principais hipóteses do seu Modelo de Negócio e partir para validação.
No dia a dia como consultora de negócios inovadores, tenho percebido que muitos empreendedores têm subutilizado essa ferramenta. O Canvas é realmente fantástico, porém, se não for usado da forma correta, a única coisa que você terá como resultado é um quadro lindo e cheio de post-its coloridos. E não, essa não é a função do Canvas.
Para ajudá-lo nos primeiros passos do desenvolvimento do seu negócio inovador, reuni neste texto os principais erros que os empreendedores cometem ao construir seu Business Model Canvas e algumas dicas práticas para que você consiga construir uma mentalidade de teste e validação de hipóteses e tirar sua ideia do papel.
Então vamos lá!
Este é o insight mais importante que eu poderia compartilhar com você. Os erros que sucedem a construção do seu Quadro acontecem, principalmente, porque ao começar a buscar as respostas para o preenchimento do Canvas, você olha para sua solução ao invés de olhar para o problema que você pretende resolver.
“Empreender é resolver problema reais.”
Quando você olha para a solução, acaba ficando limitado à sua própria interpretação e visão do que seria bom, e isso faz você negligenciar as necessidades e o perfil dos clientes que sofrem com o problema e que sua solução irá atender.
Analise a cena abaixo:
Um belo dia você, incomodado por um problema muito presente na sua vida, tem uma superideia! Plim! 😀
A partir dessa percepção pessoal do problema, você começa a se questionar: “por que isso é feito dessa forma? Seria muito melhor, mais rápido e fácil se fosse feito de outro jeito”.
Sentindo-se com uma grande oportunidade nas mãos, você divide esse problema e sua ideia com amigos e familiares, e todos eles dizem: “cara, essa ideia é muito legal!”
A cada dia você vai se apaixonando mais e mais por sua ideia. Na sua cabeça muitas pessoas irão usar sua solução e você ganhará milhões de reais. É maravilhoso!
A empolgação e a ansiedade vão ficando cada vez maiores e você percebe que precisa correr para lançar sua ideia no mercado, antes que os concorrentes apareçam.
É hora, então, de desenvolver sua solução!
Você investe tempo e dinheiro e vai para o mercado.
Mas… O que acontece depois?
Já vi essa cena se repetir inúmeras vezes! Gostaria de dizer que no final o empreendedor realmente teve sua solução utilizada por muitas pessoas, e na primeira tentativa ficou milionário, mas não é isso que acontece na prática. 🙁
O que acontece realmente é um grande desperdício de tempo e dinheiro para o desenvolvimento de uma solução que não atende às necessidades do mercado, ou seja, seus clientes.
É hora de mudar a lógica do jogo, e o Canvas é uma excelente ferramenta para você começar.
Lembre-se: seja apaixonado por resolver o problema do seu cliente, não pela sua solução. 😉
Para ajudar você a pensar melhor sobre seu problema, responda: o que é mal resolvido hoje que eu estou me propondo a resolver?
Agora que você já tem clareza sobre o problema que quer resolver, o próximo questionamento que você precisa fazer é: quem sobre com esse problema?
O Segmento de Clientes é o primeiro bloco do Canvas que deve ser preenchido. E isso não é por acaso. Toda a lógica do seu Modelo de Negócios deve ser construída a partir do ponto de vista dos seus clientes e, por isso, quanto mais informações e conhecimento você tiver deles, melhor e mais assertiva será a construção dos demais blocos.
A palavra “segmento” possui implicitamente o significado de que se trata da escolha de uma fatia do mercado. Em outras palavras, é necessário que você defina um nicho de clientes.
Dica: caso você tenha mais de um nicho de clientes, evidencie e separe essas informações através de post-its de cores diferentes. Por exemplo: para o cliente pessoa física você irá utilizar a cor azul; para o cliente pessoa jurídica você irá utilizar a cor amarela, e por aí vai. Isso é importante para o preenchimento e demais conexões com os blocos do Canvas.
Para iniciar a segmentação de clientes, você pode começar a partir de macroinformações. Por exemplo: gênero, idade, classe social, região. É o que nós chamamos de “segmentação IBGE”, pois são dados mais genéricos.
Não pare por aí! A partir dessas primeiras informações, comece aprofundá-las e buscar entender sobre o conjunto de características que compõem o padrão de comportamento dos seus clientes. Você sabe quem são suas personas?
O que é importante você ter claro sobre seus clientes?
1 – Perfil: informações demográficas, financeiras e, principalmente, comportamentais.
2 – Relação com o problema: como esse problema acontece no dia a dia do seu cliente? De que forma ele já buscar resolver? Quais são os ganhos do cliente ao resolver o problema?
Mas cuidado! Ao buscar as informações sobre seu cliente, cuide para não criar um viés de confirmação. Ou seja, tendenciar os dados para que eles validem sua solução.
Como o próprio nome já diz, Proposta de Valor é o VALOR que o seu negócio gera para seus clientes ao resolver o problema deles. Os motivos pelos quais os clientes escolhem sua solução.
Entenda valor aqui como “benefício”. Por isso, é fundamental que você saiba explicitar quais são os benefícios que o cliente busca obter a partir da resolução do problema. Viu porque é tão importante conhecer profundamente o seu segmento de clientes?
Muitas vezes, ao preencher esse bloco do Canvas, o empreendedor acaba falando sobre sua solução. Aqui, você precisa se questionar: o que o cliente ganha ao usar o meu produto ou serviço?
Sua Proposta de Valor pode evidenciar benefícios mais quantitativos. Por exemplo: preço, redução de custos, agilidade, etc. Ou esses benefícios podem ser qualitativos: design, experiência do cliente, conveniência, status, confiabilidade.
Independentemente, não esqueça de manter seu olhar sempre na dor (problema) do seu cliente!
Para ajudar você a construir sua Proposta de Valor, observe: o perfil do seu cliente + a dor que você está resolvendo.
Por exemplo, se o problema é que transporte particular (táxi) é muito caro, a Proposta de Valor tem que ter algo relacionado à redução do custo de transporte particular.
A Proposta de Valor tem que estar intimamente ligada ao problema que você quer resolver.
Ao desenvolver um negócio inovador, a única certeza que você tem é que você não tem certeza de nada!
Neste texto, estou evidenciando os principais erros ao se utilizar a ferramenta Canvas, como apoio no desenvolver de um negócio inovador. Lembre-se que um negócio inovador é aquele com muitas incertezas, muitas hipóteses. Por isso tenha claro em sua mente: o Canvas é uma ferramenta de testes e não de certezas.
Tudo que está sendo construído aqui deverá ser validado. Nada é fixo ou inalterável. Por isso, ao construir seu Quadro, é indicado que você faça isso através de post-its. Eles facilitam a construção e atualização do seu Modelo de Negócios à medida que você for evoluindo e validando cada uma das hipóteses da sua ideia.
Importante: não assuma uma premissa como verdadeira antes que ela seja validada pelo seu cliente.
Ao encerrar o preenchimento do seu Quadro, nada está terminado! É hora de testar suas hipóteses e validar seu Modelo de Negócios.
Ao utilizar a ferramenta para desenvolver seu negócio inovador, de nada adianta um Quadro lindo e cheio de post-its se for para mantê-lo na parede ou dentro de sua gaveta. Ao finalizar seu Canvas, o próximo passo é evidenciar suas hipóteses e criar um plano para testá-las.
Que hipóteses são essas?
Hipótese é sempre uma afirmação, ou seja, uma premissa do seu modelo de negócios que você toma como verdadeira. Como o seu Canvas é composto por nove blocos, podemos dizer que no mínimo você terá nove hipóteses sobre seu futuro negócio.
Utilize a seguinte frase para supor suas hipóteses e evidenciá-las:
Hipótese 1 – Eu acho que existe um problema que é (afirmação).
Hipótese 2- Eu acho que quem sofre com esse problema é (afirmação).
Hipótese 3 – Eu acho que os benefícios que eles buscam são (afirmação).
A afirmação que está entre parênteses é a informação que você colocou no seu Canvas. Ou seja, a hipótese que você deverá testar.
Para começar, identifique quais das hipóteses sustentam a viabilidade do seu Modelo de Negócios. Você deve buscar por aquelas premissas, que, se não forem validadas, acabam com sua ideia.
Agora que você já tem suas hipóteses, é hora de testá-las!
Lembre-se: validar uma hipótese não é necessariamente a confirmação do seu viés. A validação dela também acontece quando você descobre que aquilo que você imaginava não era uma realidade. Errar também faz parte do processo.
Ou seja: erre rápido. Corrija rápido!
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