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Amanda Paim
Coordenadora Estadual da Economia Criativa e Turismo do SEBRAE RS
O surgimento de novas tecnologias nos últimos anos fez com que os diversos tipos de empreendimentos que trabalham com turismo precisassem revisar suas práticas. Sites de reserva online, plataformas de colaboração para hospedagem solidária e compartilhamento de opiniões nas redes sociais deram mais poder de decisão ao viajante. Por isso, é preciso investir em um marketing focado e responsável para conquistar os clientes mais antenados.
Professor dos cursos de Turismo e Hotelaria da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Fabrício Silveira explica que a função do marketing no turismo é promover os atrativos culturais, naturais e ambientais de um lugar para que as pessoas se sintam motivadas e seduzidas para visitá-lo. Para que esse processo seja eficiente, é importante conhecer os diferentes públicos de cada região e desenvolver estratégias de comunicação que levem em conta que tipo de informações consomem.
“Como vivemos num ambiente altamente tecnológico, as redes sociais têm facilitado bastante o trabalho, mas nem sempre é possível se focar apenas nelas. É preciso fazer uma análise complexa do público, e que considere a vocação de cada região”, sinaliza Silveira. Ele cita o exemplo as praias de Garopaba, em Santa Catarina, que possuem um público familiar, além de pessoas que buscam um contato maior com a natureza. Como esse é um perfil heterogêneo, é necessário achar uma linguagem que se comunique com ele de forma ampla.
Embora boa parte utilize as redes sociais, há, ainda uma resistência das faixas etárias mais altas em postar e consumir dados em smartphones. “Isso vem mudando cada vez mais rápido, mas não podemos supor que a tecnologia chegou para todos da mesma forma e ao mesmo tempo”, complementa. Para atingir a terceira idade, as agências de viagens, revistas e veículos de comunicação, em especial os cadernos de viagem, ainda são boas alternativas. Quanto maior o número de mídias trabalhadas, mais pessoas se atinge.
De acordo com o professor, seria diferente trabalhar com a Praia do Rosa, situada no mesmo estado que Garopaba, mas com um perfil diferente. Nela, a presença de jovens é mais acentuada, por isso os empreendedores precisam ficar atentos à produção de conteúdo para redes sociais, bem como monitorar opiniões postadas na internet, avaliações em sites como Trip Advisor e possibilidades de reserva em portais como Booking e Airbnb.
Planejando o marketing para atingir o sucesso
Silveira acredita que o Rio Grande do Sul tem potencial para desenvolver estratégias de marketing ainda mais potentes do que as utilizadas hoje. O primeiro passo deve ser o fortalecimento do trade turístico, envolvendo os setores privados, o poder público, instituições de ensino e a sociedade civil por meio das entidades de classe. “Temos diversos exemplos de sucesso, como a potencialização do turismo em Santa Catarina, que há 15 anos não era tão forte e hoje é um dos destinos mais visitados no Brasil”, conta. O professor identifica a necessidade de alinhamento de objetivos no setor, com a criação de um plano de marketing e ações acompanhadas de acordo com o cumprimento das metas.
Para Silveira, as cidades de Gramado e Canela, na Serra Gaúcha, são grandes cases de sucesso sobre como um bom planejamento de marketing pode transformar um local com atrativos sazonalizados em um destino procurado o ano inteiro. Antigamente, os municípios dependiam demasiadamente das condições climáticas do inverno: atraiam quem gostaria de experimentar o frio e de ter a sorte de ver neve. “O trade turístico da região conversou, contando com o apoio do SEBRAE e de vários atores do sistema S. Eles decidiram uma visão de futuro e traçaram um plano. Isso foi essencial”, conta.
Atualmente, além dos atrativos naturais, a região é um grande polo de eventos profissionais. Possui uma rede hoteleira qualificada, eventos em diversas datas comemorativas e diversos parques temáticos. Independentemente do clima, há o que fazer no local e o comércio permanece aquecido. “Antigamente a rede hoteleira tinha uma ocupação muito baixa em algumas épocas. Hoje, ela se mantém próxima de 80% o ano inteiro pela grande incidência de eventos da área médica, do setor moveleiro, gastronômico, entre outros. Quando o estado e a iniciativa privada se unem, o cenário melhora muito”, finaliza.
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