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Desafios e oportunidades no varejo de móveis

atualizado em: 17/01/19
Andrei Carletto

Andrei Carletto

Coordenador Estadual do Moveleiro do SEBRAE RS

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Além da grande diversidade de canais de varejo, estes têm características bem distintas um do outro

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Com a atual situação econômica brasileira, o comércio interno de móveis vem sofrendo com alguns fatores, tais como a queda no número de produtos consumidos e uma menor capacidade no poder real de compra dos consumidores, visto que, a demanda por móveis é muito sensível ao desempenho do emprego e renda.

No Brasil o consumo mais representativo no segmento concentra-se nos mobiliários para dormitório, seguido por cozinhas e móveis para sentar, tais como: cadeiras, poltronas e estofados, totalizando 79,1% do consumo. Segundo estudos da Euromonitor International 2018, o setor moveleiro no Brasil apresenta projeção de crescimento de 3,0% até 2021, valor acima da média global, fixada em 2,0%.

Desafios e oportunidades no varejo de móveis 1

A concentração de renda nas camadas mais ricas da população brasileira é bastante elevada com efeitos diretos sobre a composição do perfil do consumo. Ao segmentar o mercado pelo seu poder de compra (em classes econômicas), pode-se observar que a classe A no Brasil é representada por apenas 2,9% da população, mas responde por 15,3% do consumo total de móveis. A classe B, por sua vez, que responde por 22,3% dos habitantes, é responsável por uma fatia equivalente a 35,6% do consumo, enquanto a classe C representa 47,8% da população e 32,0% do consumo.

Assim, conclui-se que tanto a população brasileira quanto o consumo de móveis possuem um perfil socioeconômico centrado nas classes B e C, que juntas somam 70,1% dos habitantes e 67,6% da demanda interna de móveis.

Distribuição da população e do consumo de móveis e colchões por poder de compra | 2016

Fonte: IEMI/IBGE

O Brasil possui, em média, 43,6 mil pontos de venda especializados no segmento de móveis e colchões, que, organizados ou não em redes, respondem por 69% do volume escoado do produto pelo varejo nacional. Outras 9.723 lojas não especializadas que também comercializam móveis, juntamente com outros produtos (lojas de departamento não especializadas, hipermercados e home centers), são responsáveis pelo escoamento de 31% do volume restante dos móveis comercializados no varejo.

Analisando a participação dos principais canais de venda a varejo no volume de peças de móveis comercializadas, verifica-se que as lojas especializadas são o principal canal de venda desses artigos no país, com cerca de 261 milhões de peças comercializadas em 2016.

Além de existir uma grande diversidade de canais de varejo para comercialização de móveis, estes possuem características bem distintas um do outro, sejam por posicionamento de preço, público consumidor, categorias ou tipologia de produto ou organização estratégica.

A seguir são apresentados alguns desafios e oportunidades que devem ser observados para melhorar o desempenho do seu canal de venda:

Evento Impacto setorial
O mercado interno é capaz de absorver grande parte da produção brasileira de móveis. A economia começa a apresentar sinais de recuperação. O setor da construção civil que demanda artigos de mobiliário timidamente está retomando o crescimento.
Parcerias com profissionais criativos, tais como designers, arquitetos e projetistas. (Pesquisa IEMI: 73,6% dos consumidores afirmaram que pagariam mais para ter um móvel com design diferenciado). Ampliação qualificada do canal de venda dos produtos e agregação de valor nos produtos e serviços.
Bom desempenho das exportações de móveis para alguns países, como Estados Unidos e Argentina. Oportunidade para empresas estruturadas ampliarem mercado através da internacionalização.
Alianças estratégicas na cadeia entre construtoras e indústrias moveleiras. A fabricação de móveis é dependente dos negócios imobiliários, quanto maior a aquisição de domicílios, maior a possibilidade de compra de móveis. A parceria apresenta um nicho de mercado a ser aproveitado visto a forte ligação.
Foco em negócios como restaurantes e hotéis. Nichos de mercado que demandam muitos artigos mobiliários.
Comércio online Canais de comércio eletrônico para ampliar os canais de vendas e consolidar suas marcas, com redução de custos operacionais ou atravessadores.
Ampliação dos canais de divulgação da empresa e produtos através da internet. (Pesquisa IEMI: 63% dos consumidores de móveis pesquisam na internet antes de realizar a compra). Mudança comportamental no consumo. A exposição na internet fornece informações preliminares para gerar objetividade e segurança para comprar na loja física.
Agregação de valor através do design de produto e serviço. Sensibilidade da demanda aos preços é alta, especialmente para bens com pouca diferenciação. Desta forma, torna-se essencial agregar valor como diferenciação de mercado.
Redução do prazo de entrega. A expectativa do consumidor em relação ao prazo de entrega dos produtos está cada vez maior, principalmente nos consumidores digitais.
Profissionalização da montagem de móveis. A especialização e montagem qualificada dos produtos tornam-se grandes desafios, principalmente para lojas de planejados que se utiliza de serviços terceirizados.
Do it yourself / Faça você mesmo. Conceito associado à montagem simplificada de produtos, realizada pelo próprio consumidor. Principalmente quando se fala em explorar canais digitais ou grandes centros de distribuição.
Casa inteligente e conectada. A vida está se tornando cada vez mais conectada e espera-se que produtos domésticos se tornem gradualmente inteligentes. O grande desafio está em oferecer produtos frente à tendência de casas menores e inteligentes.
Tecnologias para o varejo a serviço do consumo por experiência. A qualidade e o preço dos produtos influenciam a decisão de compra, porém os consumidores buscam cada vez mais participar ativamente da criação. A tecnologia é capaz de misturar o mundo virtual com o mundo físico despertando emoções nos clientes através da interação e tornando o cliente parte do processo.
Produtos multipropósitos. Os novos formatos de residências exigem outras soluções em mobiliário. Os móveis multipropósitos trazem soluções agregadas permitindo sua utilização em diversas situações, com o diferencial da praticidade e a organização inteligente dos espaços.
Design para pessoas. Agregar resultados funcionais e práticos na vida das pessoas respondendo às suas necessidades.
Flexibilização e customização dos produtos para atender aos mais diversos públicos. Consumidores cada vez mais informados, associado ao dinamismo do mercado, exigem alta flexibilidade em personalização de produtos por parte do varejo a fim de atender aos mais diversos públicos.
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