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Roberto Grecellé
Coordenador estadual de pecuária de corte do SEBRAE RS.
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Nos mesmos passos de qualquer atividade econômica que tem o desafio de se perenizar, sintonizada modernamente com as tendências impostas pelos consumidores da cadeia de valor, a ovinocultura tem se reinventado, sofrendo interferências externas, assumindo novas formas e roupagens necessárias para ter sucesso. Com isso, precisamos refletir sobre o uso de raças, linhagens genéticas e biótipos que se adaptem modernamente ao que se persegue: a satisfação do consumidor moderno.
Ao fecharmos na ovinocultura gaúcha é obrigatório resgatarmos rapidamente que já tivemos um rebanho três vezes maior do que temos hoje (até o início dos anos 1980, 12 milhões de cabeças, hoje, 4,2 milhões) e que a atividade está intimamente ligada a atributos socioculturais deste povo, que na visão de muitos caracteriza o atual período como “de baixa” ao dizer que a ovinocultura “já foi forte por este chão”. Questão de ponto de vista. Na verdade, sobre esses mesmos dados, é possível dizer que o que houve foi um rearranjo de um setor que inevitavelmente precisou sobreviver à onda dos tecidos sintéticos, à desestruturação da cadeia da carne ovina (neste caminho, por exemplo, bons projetos de promoção e comercialização de carne de qualidade ficaram pelo caminho) e ao crescimento/surgimento de outros setores do agro, afinal de contas, neste ínterim de 40 anos houve grande disputa com o surgimento de grandes maciços florestais, expansão dos cultivos de grãos de verão e, em consequência desses dois, da reacomodação de todo o rebanho bovino. Sob esta ótica, temos o setor possível, encaixado num cenário em movimento, que tem retomado significativo destaque. Vejamos!
Se discutirmos “lã”, frente aos fios de nylon e assemelhados, a ovinocultura foi posicionada como uma atividade secundária para a indústria têxtil, o que impactou a trajetória dos animais geneticamente vocacionadas para a produção laneira. E não se trata de uma reinvenção; é apenas compreender qual o novo lugar a ser ocupado por um setor, que tem nele um produto com grande potencial de valorização, dado o moderno reconhecimento das virtudes dos produtos “base lã”.
Vejamos, por exemplo, os preços praticados no mercado gaúcho da lã. Nesta última safra 2017/2018, a lã foi tabelada (valores médios RS) em R$ 9, R$ 16 e R$ 20, respectivamente, para Corriedale, Ideal e Merino. Esses são valores absolutamente positivos, que animam até mesmo os produtores mais pessimistas.
E se o assunto for carne, pode até parecer “chover no molhado”, mas dadas as preferências e demanda aquecida por parte do mercado consumidor, do surgimento e evolução dos animais “tipo carne”, aliados à grande explosão gastronômica à base de carne de cordeiro (sobretudo daquelas ao redor do fogo), houve um posicionamento da carne ovina no centro das atenções dos consumidores.
Portanto, cabe ao ovinocultor e a todos aqueles envolvidos na produção comercial encarar 2018 como um ano promissor, no qual todas as sinalizações apontam para um rumo positivo. A resposta para a pergunta do título deste artigo, se o produtor deve trabalhar com animais “tipo carne” ou “tipo lã”, deverá ser pautada pelo objetivo específico de cada unidade de negócio e pelo sistema produtivo desenhado, pois certamente temos raças ou alternativas de cruzamentos inter-raciais que atenderão aos objetivos desta ovinocultura profissional.
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