Chatbots: interface entre empresas e consumidor

Debora Chagas

Coordenadora Estadual da Startups e Economia Digital do SEBRAE RS

COMPARTILHE

ADICIONAR AOS FAVORITOS

Clique no play acima para ouvir o conteúdo!

Chatbot é uma abreviação para “robô de chat”. Os chatbots também são conhecidos como assistentes virtuais, agentes virtuais ou até mesmo “bots”. Trata-se de softwares que trabalham e gerenciam trocas de mensagens que começam a ser utilizados nos mais diversos lugares, podem ser instalados em sites, apps proprietários e aplicativos, como os que já possuem grande número de adeptos: Facebook Messenger ou Whatsapp. O uso fica a critério do cliente, público a ser atingido ou foco das empresas que os utilizam.

Há um número considerável de versões disponíveis e anunciadas no mercado. Os que procuram por uma versão mais requintada de chatbot têm acesso a recursos de Inteligência Artificial. Esses tipos mais trabalhados tornam possível atendimento automatizado, passando informações sobre os produtos e serviços oferecidos, além de realizar ações mais complexas e promover integração entre o chatbot e os sistemas da empresa. Muitos consideram a Inteligência Artificial uma tecnologia avançada em chatbots pelo fato de oferecer ao software características similares ao funcionamento da inteligência humana, com a possibilidade de criar informações a partir de dados utilizados.

Já os modelos básicos também são muito procurados. Com pequenas automatizações, proporcionam respostas e opções de alguns serviços para orientar os clientes a resolver suas dúvidas ou até mesmo realizar a conferência de débitos e apresentar a segunda via de um boleto, por exemplo.

Cases gaúchos

Um bom exemplo de adoção de chatbots está na porto-alegrense Aspin, que definiu um roadmap diferenciado para a inserção da tecnologia na sua linha de produtos e serviços. Em outubro de 2017, a empresa lançou seu próprio robô de atendimento, visando atender seus clientes. A abertura e a consulta de chamados ou incidentes, a renovação de chaves de licença e a indicação de contatos comerciais estão entre os atendimentos oferecidos pelo chatbot no Facebook da empresa por meio do aplicativo Messenger. Assim como esta, muitas outras empresas já surfam na praticidade dos chatbots como forma de atender um público mais amplo com redução em custos de infraestrutura e pessoal.

Em outra área, a de entretenimento, especificamente no mercado de apps de música, a também gaúcha Superplayer inovou criando um chatbot chamado Zak, acessível pelo Messenger do Facebook que atende o usuário e dá dicas de trilhas sonoras de acordo com o que for solicitado. O usuário pode falar com ele como se estivesse falando com um atendente real, falando, por exemplo, “quero ouvir músicas tranquilas”, ou “estou a fim de um som pesado”, e o bot responde com sugestões, com muita cordialidade, dentro do desejo do ouvinte.

A era dos chatbots está chegando para ficar, ampliando atendimento ao consumidor ou promovendo vendas, com a vantagem de não serem novos apps a serem baixados, pois utilizam os aplicativos de mensagens normalmente já instalados nos dispositivos dos usuários e vastamente populares em todo o planeta. É uma tendência que vale a pena acompanhar e, dependendo dos objetivos do empreendedor, aplicar no seu negócio.

Veja também:

[Artigo] As tecnologias que avançam no mercado conectado O foco tecnológico é a automatização de processos para escalar trabalhos repetitivos. A expectativa é de adoção rápida para os produtos e serviços com grandes volumes de interações humanas ACESSE

Veja Mais